terça-feira, 12 de agosto de 2025

Margarida, há 42 anos atrás foi brutalmente assassinada, em 12 de agosto

 

Nesta terça-feira,  dia 12 de asgosto muita gente visitou o Museu de Margarida Maria Alves em Alagoa Grande-PB.

Margarida nunca se interessou pela política partidária. Ela sempre colocava o sindicato em defesa do trabalhador da zona rural de Alagoa Grande.

Nilza do assentamento Mria da Penha II, professor Rafael e a repentista Soledade.

São 42 anos sem Margarida Maria Alves,  líder sindical dos trabalhadores rurais de Alagoa Grande.

 No aniversário de 38 anos sem Margarida, o professor Rafael Rodrigues(UFCG, campus Cuité), conversou com José de Arimatéia Alves, filho único de Margarida. O professor Rafael e sua amiga Nataline, moradora da rua da Olinda, explicam que ambos conversaram com Margarida, no dia de seu brutal assassinato. 
Veja o vídeo.

 Arimatéia participou da homenagem a sua mãe Margarida Maria Alves, em Alagoa Grande, no dia 12 de agosto 2021.


Hoje, as Margaridas se multiplicam todos os dias e o nome de Margarida virou um símbolo de luta contra os latifundiários, o governo que massacre o povo, pela liberdade, direitos dos trabalhadores, etc. Margarida nunca apoiou candidatos a cargos políticos.

 Compareceram a homenagem a Margarida Maria Alves, no dia do aniversário da sua morte, na última quinta-feira 12 de agosto, as seguintes pessoas:  seu filho José Arimatéia, Josan Domingos do distrito de Canafístula, repentista Soledade, Cida de Caiana dos Crioulos com sua filha Luciana, professor Rafael Rodrigues(UFCG, campus Cuité), Beto do sindicato, professora Marlene Sobral, Nataline da rua Olina, Zefinha Macena do programa a Voz do povo, na rádio PiemonteFM,  professora Marlene Brito, Vera, Nilza, Elza Santiago, Nice, ex-conseleiro da cultura da Paraíba Bibiu do Jatobá, ex-vereador Genildo Marques, Vivi,  Elisama Guerra, Cassimiro do Blog,  Antônio Lima, Ana, viúva, segunda esposa de Cassimiro(viúvo e Margarida), Lourdes, irmã do universitário quilombola Onildo Alves, entre outros participaram do evento, em frente ao museu Margarida, na casa onde ela morava.

Leia mais no blog ciências e educação.

Filme dirigido por Caio Beltrão sobre a história de Margarida María Alves.


Veja mais as homenagens de 2012 e 2013.


 Em 12 de agosto de 1983 morreu a líder sindical Margarida Alves que foi covardemente assassinada com um tiro no rosto na frente de seu filho de apenas 10 anos de idade. Margarida Alves era presidente do sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande na Paraíba.
Conheça mais o retrato da vida heróica, reconhecida nacionalmente, de Margarida Alves.
Margarida Alves, símbolo da luta da mulher no campo.

Margarida Maria Alves, trabalhadora rural, presidente do Sindicato de Trabalhadores rurais de Alagoa Grande, município do Estado da Paraíba, foi assassinada por um pistoleiro, a mando dos usineiros da região do brejo paraibano.
O crime foi brutal. Eram aproximadamente 18 horas e Margarida estava em frente a sua casa com o marido Cassemiro e o filho Arimateia, quando um matador de aluguel deu um tiro de espingarda calibre 12, em sua face, deformando-a.

Margarida, desde 1973 ocupava a presidência do STR , e à época de sua morte havia movido 73 ações trabalhistas de trabalhadores rurais das usinas por direitos trabalhistas. Esse foi o motivo do crime.

Margarida foi uma das mulheres pioneiras das lutas pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais no Brasil. Após a sua morte tornou-se um símbolo político, representativo das mulheres trabalhadoras rurais, que deram seu nome ao evento mais emblemático que realizam - a Marcha das Margaridas, uma mobilização nacional que reúne em Brasília milhares de mulheres trabalhadoras rurais nos dias 16 e 17 de agosto.

A Marcha das Margaridas ocorreu pela primeira vez em 2000, e desde então teve outras edições em 2003, 2007, 2008 e 2009, sempre definindo uma pauta de reivindicações a serem entregues aos representantes dos poderes públicos federais.
As mulheres trabalhadoras rurais brasileiras iniciaram a sua organização em movimentos sociais específicos, para lutarem pelo seu reconhecimento como categoria social no ano de 1982 e, na medida em que se consolidavam como sujeito político, ampliando as suas ações e o seu reconhecimento público, foram se identificando como Margaridas.
Como símbolo Margarida é uma flor, mas é também luta, pois é a líder sindical que não se rendeu às ameaças dos ricos, e afirmou preferir "morrer lutando, que morrer de fome".

Apresentando-se como Margaridas, as mulheres trabalhadoras rurais constroem uma identidade própria e uma sensibilidade pública utilizando estrategicamente alguns papéis e atributos tradicionais das mulheres - fragilidade, filhos, sensibilidade, que associa a imagem da mulher a uma flor, a Margarida, que também é uma mulher forte, que deu a vida pela luta. Transformam o desqualificado e frágil feminino em força e eficácia política, na luta e nas ruas.
O assassinato de Margarida continua impune. Dos cinco acusados de serem mandantes do crime, ligados ao Grupo Várzea, apenas dois foram julgados e absolvidos: Antônio Carlos Coutinho e José Buarque de Gusmão Neto, conhecido como Zito Buarque.
Os outros mandantes: Agnaldo Veloso Borges já faleceu e os irmãos Amaro e Amauri José do Rego estão foragidos.
O assassinato de Margarida Alves, permanece entre os grandes crimes de repercussão nacional e internacional impunes no país, tendo sido encaminhado para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Justiça para Margarida! Viva Margarida Alves em todas as outras Margaridas de todos os cantos rurais do Brasil.







Texto da professora e socióloga Maria Dolores Brito Mota, escrito em 2012.

Veja outra Homenagem a Margarida em 12-08-2013.

Professor Rafael como o filho Renan e Bibiu com sua filha Mariane, na feira.
Juiz Dr. Antônio com sua esposa Maria José de Alagoa Grande e sua irmã. A prima Maria José é enfermeira, graduada  pela UEPB,  está trabalhando em Brasília-DF.

Veja mais imagens,

O filho de Cassemiro quando defendeu sua dissertação de mestrado em Física, sob orientações dos professores Bertúlio e Rafael Rodrigues recebeu uma homenagem dos vereadores. Mas, ele não foi contratado pelos gestores municipais. Agora são as graduadas quilombolas que não foram contratadas para trabalhar na escola quilombola. Se Margarida estivesse viva diria o que? https://rafaelrag.blogspot.com/2025/07/filho-de-cassemiro-fez-o-mestrado-em.html

Blog rafaelrag

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