Ele morava na rua dos pobres que uma tia havia chamado de ponta de rua.A cidade era pequena, e tão pequena, que a periferia ficava muito próximo do centro. A classe média alta e os ricos moravam no centro e os pobres e a classe média média moravam na periferia. E o problema se agravava quando o morador da periferia dizia que morava na Rua da Baixinha, pois parecia que todos eram baixos. E eu não era baixo, ou melhor, tinha estatura mediana. Na minha rua tinha até anão. E anão a gente só via no circo, na profissão de palhaço,no circo New American Circus ou no circo do Gran Bartolo.
Eu era Pobre,morando na rua de pobres e meu pai era remediado,mas na minha rua era considerado rico, por isso comprou a primeira TV, a primeira Lambreta e a primeira geladeira da Baixinha. Os meus primeiros sonhos, alegrias e fantasias da infância e adolescência eu vivi vendo a programação da TV Philco a válvulas, em preto e branco; somente superado pelos filmes dos finais de semana no cine Santo Antonio e no cine São José de Tossicano. Mais adiante apareceu o cine Alagoense no lugar do Santo casamenteiro.
A lambreta, que era moda naquela época, eu cheguei a viajar nela. Em Alagoa Grande, todo mundo só falava na lambreta de seu Fausto e na Vespa ( uma parenta da lambreta) de Etiene,um eletrotécnico morador também da Baixinha.
Mas o que mais me admirava mesmo era a geladeira cônsul comprada pelo meu pai em Campina Grande, esta cidade parente rica de Alagoa Grande,minha cidade ,que apesar de pequena , sempre foi grande para os meus horizontes perdidos da Baixinha.
Eu, não cansava de admirar a geladeira, que gelava a minha imaginação ao ver sair gelo de dentro dela, sem ser gelo da Antártida. Ela me ajudou bastante, pois antes eu ficava vigiando a carne pendurada no arame para secar. Uma vez me distraí e o cachorro Kiss de seu Antonio Araujo comeu a carne e eu levei uma pisa. A geladeira veio para me ajudar. A carne ficava agora na geladeira. E pela primeira vez tomei água gelada na minha vida. Se a geladeira falasse eu ficaria gelado,pois a minha vida na infância mudou com a chegada da geladeira,que hoje se chama de refrigerador. E o refrigerador foi a minha primeira dor da infância, a dor da curiosidade e da felicidade. Você colocava água e saia gelo, sem ser o gelo do continente gelado.
A geladeira não só me dava a água gelada, mas também a carne congelada,os picolés e os alimentos.
Quem inventou a geladeira é seguramente um benfeitor da humanidade. E a geladeira, que já foi só dos ricos, e de seu Fausto da rua da baixinha, hoje também pertence aos pobres. O reino de Deus pertencia aos pobres e as geladeiras. Santa Geladeira. Pobre de mim que só agora percebi.
A ESPIONAGEM NO SERVIÇO PÚBLICO
Por Matinho Ramalho
A única democracia real e que funciona no Brasil atual é a das redes sociais que permitiu também aos invisíveis, sem voz, desmidiados, desprezados pela mídia e pela elites exibirem sua história, suas opiniões, criticas, dialogarem e exercerem o contraditório e ampla defesa;
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A terceira margem do rio existe de verdade, são as redes sociais. O rio tem a margem direita, a margem esquerda e a margem da rede social.
O Estado Democrático não pode existir sem a liberdade de expressão e de opinião, que a terceira margem do rio garante;mesmo no rio seco da minha vida.
Mas toda regra tem exceção. A Diretora geral do Tribunal eleitoral, que deve se preocupar em administrar bem o tribunal e como cumprir normalmente a sua atribuição de realizar as eleições periódicas e diplomar aos eleitos, que é a razão de existir da corte eleitoral, copiou da página privada e pessoal do cronista 8 crônicas postadas que falam sobre o suicídio de uma servidora do TRE e de outros suicídios de servidores que resultam numa espécie de onda suicida; e resolveu por conta própria mandar a Corregedoria me investigar numa verdadeira “ caça as bruxas” no tribunal.
A diretora não tem relação de amizade com o mim, e não tem acesso a minha página no facebook e não dei autorização a mesma para espionar e usar as minhas criações literárias com finalidades inquisitoriais;
Logo a sua intenção de me incriminar e me amedrontar esbarra na minha formação jurídica da época em que eu estudava Direito e um professor jurista já dizia: “ faça Direito e termine Errado;”
Segundo o artigo 5º, inciso XVI, da Carta Magna, que é a nossa Constituição,não se admite no processo as provas obtidas por meio ilícito,como fez a diretora do Tribunal;
Eu não consigo entender como o poder público, que representa o Estado brasileiro e que deveria dar o exemplo, muitas vezes é o que mais infringe a Lei e a Constituição.
A diretoria do TRE, sendo desleal a Constituição federal e aos direitos fundamentais do cidadão invade a minha vida privada e manda a Corregedoria me investigar; eu tenho um grande temor que esta investigação se amplie e invada meu lar e minha familia; pois alguns verdadeiros e honrados colegas de trabalho já me falaram e demonstraram de forma insofismável que eu estou sendo espionado e monitorado pelo tribunal;
Fui estudante, líder estudantil e sindical e mesmo no período de 1976 a 1982 na ditadura militar eu nunca fui preso, ou prestado depoimento ou sido processado pelo governo militar e nem pelos lobos da vida ; e agora chega a poderosíssima Alessandra Cordeiro,e sem minha autorização e de forma pessoal e unilateral começa a investigar minha vida, minha atividade jornalística legalmente registrada na minha Carteira de trabalho no Ministério do Trabalho sob o nº 1718, de 05 de abril de 2002, portanto, em mais de 16 anos de atividade jornalística nunca fui cassado ou censurado;porém no dia 03 de maio de 2019, recebi uma intimação da Corregedoria de uma denúncia da sra. Alessandra CORDEIRO, me censurando por fazer postagens na rede social do facebook; e pelo que SEI o SNI-Serviço Nacional de Informações da ditadura foi extinto, fora do TRE;
O CORDEIRO de Deus que tira os pecados do mundo, que tenha piedade de mim,por causa do LOBO da Corregedoria que quer me devorar e do CORDEIRO da Diretoria que quer me amedrontar;
Que falta faz o Marechal Humberto de Alencar, herói na segunda guerra mundial, ex-presidente do Brasil e primo do meu bisavô Acursio Ramalho de Alencar , do meu avô e da minha mãe, que eu queria testar o super-poder sem limites que a Corregedoria tem com os pequenos sem QI.
Eu sou apenas um rapaz latino americano, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo de Alagoa Grande. Mas trago no coração uma canção do tribunal que me diz que tudo é Cordeiro,tudo é Corregedoria!
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