Coluna Painel - Folha
O celular era do amigo O ex-presidente Lula de fato não tinha celular próprio. Seu segurança, Valmir Moraes da Silva, que o acompanha há mais de dez anos, é quem lhe cedia o aparelho toda vez que precisava contatar alguém. O celular, contudo, também não era oficialmente de seu auxiliar. Estava registrado no nome de um laranja. É por isso, segundo a Lava Jato, que o ex-presidente falava tão livremente ao telefone, mesmo sabendo que todos os seus passos estavam sendo monitorados.
Atentos A força-tarefa notou que, do número usado pelo segurança de Lula, partiam muitas ligações para alvos já grampeados pela Lava Jato. Foi questão de tempo até que se descobrisse que a linha servia ao petista.
Colecionador? O ex-presidente não tinha uma linha de celular em seu nome, mas a Lava Jato apreendeu seis aparelhos apenas em seu apartamento, em São Bernardo.
Inovou A aparição de Dilma nos grampos surpreendeu até investigadores mais experientes: “Presidente da República não liga para tratar de assunto delicado. Manda emissário”,disse um deles após ouvir conversas entre a petista e Lula.
Estrategista Aos olhos da Lava Jato, Sergio Moro foi meticuloso: se esperasse até amanhã, após Lula ter tomado posse, não poderia tornar público os grampos telefônicos e as evidências reunidas até agora.
Não se afobe, não E, depois de um dia apocalíptico, um general da Lava Jato sentencia: “E isso é só a cereja do Dry Martini”.
Atordoados O enfrentamento a Moro, postura adotada por petistas após a divulgação dos grampos, deixou parte do governo preocupada. “Ele é o herói. Vamos assumir o papel de vilões?”, questiona um auxiliar.
Atônitos Assessores de Dilma avistavam a multidão que cercava o Palácio do Planalto e não sabiam como reagir. Perguntavam-se como fariam a posse de Lula.
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