Caio Júnior
Narley Resende
ParanaPortal
Em último áudio, enviado na noite de segunda-feira (28), o técnico Caio Júnior disse que responderia mais tarde às mensagens. Ele relatou que estava no avião em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com parte do time da Chapecoense, a caminho da Colômbia.
As autoridades colombianas confirmaram a morte de 76 pessoas no acidente aéreo com a delegação da Chapecoense na madrugada desta terça-feira (29), na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia.
“Estamos dentro do avião em Santa Cruz de la Sierra, pegando o voo fretado agora para Medelin, mais umas quatro horas de viagem. Quando chegar lá, quando der eu respondo. Uma abraço, guri”, disse o técnico em áudio enviado ao amigo e assessor Adriano Rattmann.
Rattmann não viajou com a equipe da Chapecoense. Ele esteve com o treinador no último domingo (27), na partida entre Palmeiras e Chapecoense, em São Paulo. Adriano afirma que o técnico vivia um dos momentos mais importantes da carreira dele.
“O Caio Junior vivia um momento gracioso na vida. Na carreira, com a família, acho que o momento mais feliz, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Ele encontrou em Chapecó uma cidade, um clube, que o abraçou o respeitou e tinha uma sincronia muito forte. Depois do jogo de quarta-feira, contra o San Lorenzo, inclusive eu ia com ele, com a família dele para uma churrascaria, a gente descia do carro, vários torcedores vieram abraçar ele tirar selfie, tinha o vídeo dele no meio da torcida. Fico muito bonito. Acho que é essa imagem que tem que prevalecer”, afirma.
Um dos filhos de Caio Júnior, Matheus Saroli, não viajou com o pai, pois o passaporte estava vencido. Ele estava em São Paulo. Pelas redes sociais, Matheus pediu privacidade para toda a família neste momento difícil e disse que, na medida do possível, todos estão bem.
Em entrevista ao UOL Esporte na semana passada, Caio Júnior disse que vivia a melhor fase da carreira. Com ele no comando, a Chapecoense chegou à final da Copa Sul-Americana.
“Eu me sinto sinceramente no auge da minha carreira, não pelo resultado desse momento de chegar a essa final, mas por conhecimento, são dez anos consecutivos trabalhando no nível muito bom. Estou conseguindo passar isso para o trabalho dentro das equipes que eu dirijo realmente é gratificante chegar a essa final”, disse o treinador.
Blog rafaelrag com Dirceu Galvão
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