quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Estudantes ocupam diversas universidades em todo o Brasil

Adendo do blog rafaelrag. Estudantes ocuparam a UFCG, campus Sumé-PB, prejudicando a realização do ENEM na cidade. O diretor deste Campus universitário José Vanderlan Leite foi visto pulando o muro, para ter acesso a sala da diretoria. Os protestos  em Sumé contra a PEC 241/2016 continuam nesta quinta-feira, 17 de novembro.

Professor Rafael, Reitor Edilson e o diretor Vanderlan da UFCG, campus Sumé.

Os estudantes do campus Sumé protestam também contra a PEC 55, a MP 746 e o Projeto Escola sem Partido. Este é um momento especial do debate dos docentes e estudantes nas academias, para fortalecer a manifestação de resistência.

Veja a matéria abaixo divulgada pelo Andes, mostrando a ocupação em várias universidades a violência policial.

Estudantes já ocupam 60 universidades em todo o Brasil



Mais de 1100 escolas e institutos federais seguem ocupados. Estado opera com violência e apoio de grupos conservadores para forçar reintegração de posse e desocupação de escolas. 
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Desde o final de setembro, o Brasil tem testemunhado uma crescente nas ocupações de escolas, institutos federais e universidades. Iniciado por estudantes secundaristas no Paraná, em oposição à Medida Provisória 746/2016 – que promove a contrarreforma do ensino médio -, o movimento de resistência incorporou à pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016 (atual PEC 55), que congela por 20 anos os gastos da União em áreas sociais, e se espalhou por todo o país, tanto no ensino básico quanto superior. 

Atualmente, já são 60 universidades federais e estaduais ocupadas em todas as regiões (veja ao final), além de mais de 1100 escolas e institutos federais. Com a aprovação da PEC 241/16 na Câmara, e seu envio ao Senado, como PEC 55, os estudantes universitários intensificaram as ações. No dia 31 de outubro, uma assembleia, com mais de 1 mil presentes, deliberou pela ocupação da Universidade de Brasília (UnB), espaço símbolo da resistência estudantil durante a ditadura empresarial-militar. As ocupações contam com apoio das seções sindicais do ANDES-SN.

Em diversas instituições, o calendário acadêmico já foi suspenso. Além das ocupações estudantis, técnico-administrativos já estão em greve em 39 universidades federais, de acordo com a Fasubra. A paralisação foi deflagrada na segunda (24), contra a PEC 241 (PEC55) e os ataques à educação pública. Docentes de duas universidades, Federal de Uberlândia e de Pelotas, também já deflagraram greve. 
Neste final de semana, representantes dos setores das Instituições Federais (Ifes) e das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) do ANDES-SN irão se reunir em Brasília (DF) para avaliar a conjuntura e definir as ações para as próximas semanas.

Violência Policial

Para desmobilizar e encerrar as ocupações, os governos têm feito uso da violência policial para intimidar os estudantes. Além disso, representantes de grupos conservadores têm atacado várias escolas com o objetivo de forçar a desocupação, principalmente dos prédios que irão sediar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no próximo final de semana (5 e 6). As ações desses grupos se intensificaram desde essa segunda, quando se encerrou o prazo dado pelo Ministério da Educação para liberação dos prédios escolares.

Em Brasília (DF), por exemplo, após uma noite de terror, em que um grupo tentou invadir o Centro de Ensino Asa Branca de Taguatinga – Cemab, ocupado por estudantes secundaristas, jogando bombas dentro da escola, o Ministério Público do Distrito Federal determinou a desocupação da escola localizada na região administrativa do Distrito Federal, na manhã desta terça-feira (1). A ofensiva foi comandada pela Polícia Militar, que expulsou mais de 60 estudantes que ocupavam as instalações da unidade escolar.
Segundo uma das advogadas que acompanha o caso em defesa dos estudantes, não há nenhuma fundamentação jurídica no pedido do MPDFT, por se tratar de uma ação de abandono material, incabível no caso de desocupação, uma vez que a decisão (de retirar os alunos) não se coaduna como o pedido. 
Mais grave ainda foi o posicionamento do juiz Alex Costa de Oliveira, no despacho de reintegração de posse. “Autorizo expressamente que a Polícia Militar utilize meios de restrição à habitabilidade do imóvel, tal como suspenda o corte do fornecimento de água, energia e gás. Da mesma forma, autorizo que restrinja o acesso de terceiros, em especial parentes e conhecidos dos ocupantes, até que a ordem seja cumprida”, ordenou.





Enem parcialmente adiado
Em nota divulgada na noite dessa terça (1), o MEC anunciou o adiamento parcial do Enem para mais de 190 mil estudantes para os dias 3 e 4 de dezembro, devido a ocupação de 304 locais onde seriam realizados os exames. Os estudantes que realizarão a prova em nova data serão avisados pelo ministério da alteração.

Confira a lista de universidades ocupadas:

*com base em informações levantadas até a tarde de terça (1)



1. FURG 

2. UDESC 
3. UEA 
4. UEFS 
5. UEL 
6. UEM 
7. UEMA 
8. UEMG 
9. UEMS
10. UEPA 
11. UEPG 
12. UERN
13. UESB 
14. UESC 
15. UFAL 
16. UFBA 
17. UFCSPA 
18. UFES 
19. UFF
20. UFFS 
21. UFG 
22. UFGD 
23. UFJF 
24. UFLA 
25. UFMA 
26. UFMG 
27. UFOB 
28. UFOP 
29. UFPA 
30. UFPE 
31. UFPI 
32. UFPR 
33. UFRB 
34. UFRGS 
35. UFRN 
36. UFRPE 
37. UFRJ
38. UFRRJ 
39. UFS
40. UFSB 
41. UFSC
42. UFSJ 
43. UFT 
44. UFTM 
45. UFU 
46. UFV 
47. UFVJM 
48. UNB
49. UNEAL 
50. UNEB 
51. UNESPAR 
52. UNICENTRO 
53. UNIFAL
54. UNIFEI 
55. UNIFESSPA 
56. UNIOESTE 
57. UNIVASF 
58. UPE 
59. URCA 
60. UTFPR

*Com informações dos Jornalistas Livres e fotos Mídia Ninja

Fonte: ANDES-SN - 01/11/2016

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