O furacão Matthew matou quase 900 pessoas e deslocou dezenas de milhares no Haiti antes de ir rumo ao norte neste sábado, 8 de setembro, a pouca distância do litoral sudeste dos Estados Unidos, onde provocou grandes enchentes e queda de energia generalizada.
O número de mortes no Haiti, o país mais pobre das Américas, saltou para pelo menos 877 na sexta-feira à medida que as informações chegavam aos poucos das áreas remotas que foram isoladas pela tempestade, de acordo com uma contagem da Reuters baseada em cifras das autoridades.
O Matthew fez estragos na península ocidental do Haiti na terça-feira com seus ventos de 233 quilômetros por hora e chuva torrencial. Cerca de 61.500 pessoas estão em abrigos, disseram autoridades, desde que a tempestade lançou o mar contra frágeis vilarejos costeiros, alguns dos quais só estão sendo contatados agora.
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Ao menos três cidades relataram dezenas de baixas, incluindo Chantal, vilarejo de plantio situado em uma colina cujo prefeito disse que 86 pessoas pereceram, a maioria quando árvores esmagaram suas casas. Segundo ele, 20 outras pessoas estão desaparecidas.
“Uma árvore caiu na casa e a derrubou, a casa inteira caiu em cima de nós. Eu não conseguia sair”, disse o motorista Jean-Pierre Jean-Donald, de 27 anos, que estava casado há um ano.
“As pessoas vieram retirar os destroços, e depois vimos minha esposa, que havia morrido no mesmo local”, contou Jean-Donald ao lado da filha, que gritava “mamãe”.
Como as redes de celular não estão funcionando e as estradas estão inundadas, o socorro tem demorado para alcançar as áreas mais atingidas do país. O alimento está escasso e no mínimo sete pessoas morreram de cólera, provavelmente por terem bebido água misturada com esgoto.
O Mesa Verde, uma embarcação anfíbia de transporte da Marinha dos EUA, está a caminho do Haiti para dar apoio aos esforços de ajuda. O navio tem helicópteros habilitados para carga pesada, escavadoras, veículos de entrega de água fresca e duas salas de cirurgias.
Blog rafaelrag com a Revista Exame
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