É razoável pensar que VINICIUS DE MORAIS – diplomata, vulgo “POETINHA” – tinha razão, quando criou o poema “PARA VIVER UM GRANDE AMOR”, particularmente quando se referiu à permanência do casal na proximidade um do outro (amantes, marido e mulher), conforme o fragmento: “Para viver um grande amor, é muito, muito importante viver sempre junto, e até ser, se possível, um só defunto – para não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo, mas também com a mente, pois, qualquer “baixo” seu a amada sente e esfria um pouco o amor. Há que ser cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia, para viver um grande amor”.
Agora, em se tratando de virilidade (vigor sexual) de idoso (ele ou ela), a coisa muda de figura: no homem, por exemplo, de idade avançada, a ele se pode aplicar o fragmento da poesia “A VELHICE RASGOU A FANTASIA QUE ENFEITAVA MEUS TEMPOS DE ILUSÃO” – da dupla Geraldo Amâncioe Ivanildo Vila Nova –, especificamente quando o homem (espécie masculina) se sente já impotente, sexualmente: “A mudança dos meus caracteres / Deu um novo sentido ao verbo amar / Sepultou meu direito de sonhar / E me intrigou da metade das mulheres / Hoje eu olho o bumbum de Carla Peres / e já não sinto nenhuma sensação / Porque até pra levantar a minha mão / Eu engulo um VIAGRA todo dia / A velhice rasgou a fantasia / Que enfeitava meus tempos de ilusão”.
Mas, esse quadro evolui pra pior quando a única convivente, namorada ou esposa, tripudia do seu par e insinua que existem mil garotas querendo-o, e que ele pode ir embora, instante em que ele sabe, conscientemente, que isso não é verdade – e até ele queria que fosse, até por que ele seria personagem de uma música de ROBERTO CARLOS, ou se igualaria ao próprio “cara” –. Porém, a desesperança dele cresce quando ele recorda que numa declaração, num programa televisivo, o Rei ROBERTO tinha dito que se esforça muito para ser o “cara”, mas não o é, ainda, apesar do esforço. Ora, a mudança dos seus caracteres fisionômicos e de virilidade já o intrigou da grandiosíssima maioria das mulheres. Num país como o nosso, onde os conceitos de beleza e de idade, respectivamente, são distorcidos, o que fazer por seu amor?... Morrer por ele?... Viver sem ele, só?...
Lute por seu amor e guarde sua esperança, esta que não morre! Não deixe que o ódio tenha lugar no seu coração. Cresça espiritualmente, aí você vai negociar as crises que surgem entre você e seu amor. Dote-se da capacidade de perdoar, porque perdoar não é necessariamente uma faculdade de mão dupla. Lembre que Jesus recomendou sermos capazes de rezarmos até para os nossos inimigos, então imagine o que você tem de fazer por quem você ama! Não quer dizer isso que, necessariamente, você tenha que ser o “ZÉ CORNIM” (ele), ou uma ”AMÉLIA” (ela), não!
O amor tem que ser de graça, e sendo de graça, não se paga; é como se o jogássemos ao vento, e que esse vento venha atingir outras pessoas, tornando-as mais amáveis para com os outros. Então, por ser uma coisa bilateral, você que está enfezado (a) com o seu/sua parceiro (a), perdoe-o (a), enquanto está na e fora da vida dele/dela. A discórdia é a mãe perversa das intrigas!
No poema PENTATEUCO PARA DOIS, de RONALDO CUNA LIMA, está escrito: Livro 1– “No princípio era o acaso / Só incertezas sobre a face do tempo / O incerto foi dando certo / O acaso virou caso /E o caso se fez amor // Aí vieram as palavras / E surgiram os gestos / Dando sentido às horas /E orientando o tempo / O tempo era questão de dias / O dia era apenas a noite / Recolhendo gestos / Fazendo segredo das palavras / E emoldurando o caso por acaso...”. Um grande amor não vai morrer assim feito espumas ao vento / O amor deixa marcas que não vão apagar – FLÁVIO JOSÉ, de Monteiro/PB –. Não mate o véio!...
Blog rafaelrag com Toinho Cruz do portal paó
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