Imagens extraídas dos Portais G7 e Poder Econômico.
Por Belarmino Mariano Neto
Estamos diante de um cenário político sem precedente da História da Nova República brasileira, em que políticos corruptos e diretamente envolvidos em esquemas milionários de desvio de dinheiro público, articulam um esquema profundo de desmantelamento político da Democracia brasileira. Ontem, foi revelado Pela Folha de São Paulo, uma conversa delongada entre o Senador Romero Jucá (PMDB/RR), com o Ex-Presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
A questão central e única é com a queda de Jucá, cai o governo golpista, cai a economia, caí a segurança da bolsa de valores, caí o circo montado contra a democracia brasileira, que afeta a todos. O governo interino e ilegal de Temer, ficou completamente nu. Nada mais se sustenta dessa política suja promovida pela cúpula do PMDB, com colaboração direta do PSDB e dos demais partidos de direita.
Cabe a Polícia Federal em conjunto com a Procuradoria Geral da União, executar a Prisão imediata de Romero Jucá. Cabe urgentemente ao Senado, restituir o poder a presidente Dilma, garantindo a cassação e a prisão do interino Temer. O governo já caiu.
Leiam a conversa entre o Ministro do Planejamento, Senador Romero Jucá (PMDB), com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, extraído do Portal G7, publicada nesta segunda-feira (23) pelo jornal Folha de S.Paulo.
"Os diálogos foram gravados em março, poucas semanas antes da votação na Câmara dos Deputados que deflagrou o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Na gravação, Machado afirma que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “está a fim de pegar vocês [do PMDB]. E acha que eu sou o caminho”.
Jucá então sugere uma saída “política” para encontrar uma solução. Eles então falam abertamente sobre o impeachment, Eduardo Cunha, Michel Temer e Renan Calheiros para parar a “sangria”.
No final da manhã de hoje, Jucá se defendeu e afirmou que não se referia à Lava Jato, mas à crise econômica.
Veja trechos da conversa publicada pela Folha:
“MACHADO - Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo fez [autorizou prisões logo após decisões de segunda instância], vai todo mundo delatar.
JUCÁ - Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer.
MACHADO - Odebrecht vai fazer.
JUCÁ - Seletiva, mas vai fazer.
MACHADO - Queiroz [Galvão] não sei se vai fazer ou não. A Camargo [Corrêa] vai fazer ou não. Eu estou muito preocupado porque eu acho que... O Janot [procurador-geral da República] está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.
JUCÁ - Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. [...] Tem que ser política, advogado não encontra [inaudível]. Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra... Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria
[...]
MACHADO - Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer].
JUCÁ - Só o Renan [Calheiros] que está contra essa porra. 'Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha'. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.
MACHADO - É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.
JUCÁ - Com o Supremo, com tudo.
MACHADO - Com tudo, aí parava tudo.
JUCÁ - É. Delimitava onde está, pronto”.
Na conversa sobrou também para o PSDB, principal aliado do governista PMDB. O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), é citado seis vezes na conversa. Segundo Jucá, "caiu a ficha" de que a Lava Jato também chegaria nos tucanos. Além de Aécio, ele menciona o agora ministro das relações exteriores, José Serra (PSDB-SP), e os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Tasso Jereissati (PSDB-SP).
"MACHADO - A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos. É que aquele documento que foi dado...
JUCÁ - Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura, que não tem a ver com...
MACHADO - Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.
JUCÁ - Caiu. Todos eles. Aloysio [Nunes, senador], [o hoje ministro José] Serra, Aécio [Neves, senador].
MACHADO - Caiu a ficha. Tasso [Jereissati] também caiu?
JUCÁ - Também. Todo mundo na bandeja para ser comido."
O advogado do ministro do Planejamento, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que seu cliente "jamais pensaria em fazer qualquer interferência" na Lava Jato e que as conversas não contêm ilegalidades.
Jucá é formalmente investigado no âmbito da Operação Lava Jato. Ele é investigado no inquérito 3989, ao lado de dezenas de outros políticos, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o ex-ministro Mário Negromonte e o atual presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA)."
Blog rafaelrag com Guarabira 50 Graus
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