sexta-feira, 22 de agosto de 2014

7 erros que você NÃO DEVE cometer na redação do Enem

Professora aponta quais são os maiores responsáveis para que os alunos tenham notas ruins nos seus textos

O medo de cometer erros na redação do Enem atrapalha muitos estudantes enquanto eles redigem seus textos, afinal a falta de confiança e certeza se estão escrevendo corretamente são grandes empecilhos. Para tentar ajudá-lo, a Universia Brasil conversou com a professora de redação Andrea Lanzara do Cursinho da Poli, de São Paulo, e perguntou quais os erros mais graves que os alunos podem cometer nessa etapa da prova. Confira-os a seguir:

1 – Fugir do tema

“Um erro bastante grave é fugir do tema proposto”, aponta professora. Muitas vezes, isso ocorre porque o aluno não fez uma leitura atenta da proposta e dos textos motivadores, ambos de extrema importância para que o estudante tenha um bom desempenho nessa parte da prova. “Toda redação em vestibular deve ser desenvolvida a partir de um recorte temático e quem faz esse recorte é a proposta de redação”, explicou a professora. Por isso, anote as principais ideias dos textos da coletânea e, ao final, releia seu texto e confira se ele realmente disserta sobre o tema em pauta.


2 – Copiar trechos dos textos motivadores

É comum, quando não se tem conhecimento prévio do tema da redação, copiar trechos dos textos motivadores para incrementar sua redação. Contudo, esse é considerado um erro grave, mesmo se o aluno os utilizar numa citação. “Se o aluno copiar, sua redação não será desclassificada, mas ele vai ter parte do texto completamente desconsiderada. Então, ele perderá na progressão textual”, justificou a professora. Por isso, de maneira nenhuma, copie frases quanto mais parágrafos destes excertos.



3 – Escrever fora das normas do texto dissertativo-argumentativo
“Tem muita gente que desenvolve narração, escreve poema”, exemplifica a professora Andrea. Tradicionalmente, o Enem propõe que o estudante escreva um texto dissertativo-argumentativo, por isso foque seus estudos nisso. E também não é recomendável inserir técnicas de outros tipos textuais, como aliteração, na sua redação. “O aluno tem que saber que ali ele só tem espaço para desenvolver estrutura do tipo dissertativo-argumentativo.”



4 – Desrespeitar os direitos humanos
Os temas propostos pelo Enem geralmente versam sobre problemas de relevância nacional e, por isso, é cobrado do aluno uma solução. No entanto, essa sugestão deve respeitar os direitos de todos, independentemente de raça, credo, gênero, idade, cultura, etc. Por isso, é inaceitável expressar qualquer discurso que fira os direitos humanos. O mesmo vale para argumentos de cunho racista, por exemplo. Andrea Lanzara alerta: “se o aluno desrespeitar os direitos humanos, a redação será anulada.”



5 – Argumentar em um único parágrafo
“A argumentação não pode ser desenvolvida em um único parágrafo. Cada argumento, cada informação deve ser desenvolvida em parágrafos diferentes”, afirma a professora. “Então, se o aluno tem três argumentos para trabalhar, ele vai abrir três parágrafos no desenvolvimento”, exemplificou. Portanto, para evitar esse erro, organize suas ideias no plano de texto já pensando quais informações pertencem a qual parágrafo.



6 – Não seguir a norma culta da língua portuguesa
Segundo Andrea Lanzara, o texto dissertativo requer o uso da norma culta. Por isso, “o aluno não pode misturar termos de oralidade, como “tipo assim”, além de outras gírias e abreviações”, esclareceu a professora.



7 – Usar o senso comum
Clichês e ideias muito batidas não são bem-vindos na sua redação, afinal o examinador quer observar a sua análise pessoal do tema e não ver reproduzido no seu texto o que ele escuta cotidianamente. Para a professora, “tem que fugir mesmo da utilização do senso comum.” Mas, lembre-se: ser original não significa fazer uma análise sem sentido da situação. É simplesmente refletir por si só sobre a questão.



Blog rafaelrag com Universia

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