terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ministro da Educação, Fernando Haddad, continua defendendo o fim do vestibular.

O vestibular do Ensino Superior é questionado


“O vestibular é um grande mal que se fez com a educação brasileira. Se fosse bom, outros países também teriam. Nós estamos em um processo de substituição do vestibular pelo que tem de mais moderno no mundo, o exame nacional”, disse o ministro, referindo-se ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Haddad participou do 1º encontro Pensando o Desenvolvimento do Brasil – Desafios e Perspectivas para a Educação Básica, na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
Em seu discurso, ele contou que o ensino médio precisa ser alterado para atender melhor às expectativas do estudante. Essas mudanças, segundo explicou o ministro, vão ocorrer a partir de 2012. Já existem projetos piloto com “ensino inovador” em cerca de 600 escolas. “O objetivo é avançar para oferecer o ensino médio mais coerente com a trajetória e com as expectativas do estudante”, afirmou.
Para Haddad, o Enem deve se tornar obrigatório em todo país. A decisão, no entanto, cabe aos secretários estaduais de educação. Com relação à adesão ao exame, ele mostrou dados de participação que apontam que o Enem está assumindo um papel de destaque. Para este ano, que acontecerá dias 22 e 23 de outubro, o número de inscritos bateu recorde com mais de cinco milhões de inscrições.
“À medida que o exame vai ganhando a importância com a adesão das instituições, com as múltiplas funções que ele tem hoje pelo ProUni (Programa Universidade para Todos), com a certificação de ensino médio para quem tem mais de 18 anos, ele vai ganhando naturalmente a adesão dos estudantes”, afirmou.
Haddad rebateu as críticas sobre os problemas ocorridos nas últimas edições – vazamento e os erros na impressão dos cadernos de prova. “Nós estamos somando inteligência ao processo, a cada nova edição se agregam novos atores para zelar por cada etapa do processo que é extremamente complexo. Conseguir colocar 5 milhões pessoas em sala de aula em um final de semana não é uma operação exatamente simples”, ponderou.
Enem
Nos dias 22 e 23 de outubro os mais de 5 milhões de inscritos compareceram às 150 mil salas de aula, em 1.599 municípios, para realizar as provas do Enem. Essa foi a maior edição desde sua criação, em 1998. As provas do sábado foram de ciências da natureza e humanas. No domingo, foram aplicados os cadernos de linguagens, matemática e redação, somando 180 questões nos dois dias de exame.
Para que isso ocorresse, 350 mil pessoas estiveram envolvidas na aplicação da prova, como fiscais de sala, distribuição das provas, entre outros. O governo federal reforçou alguns pontos estratégicos do processo para evitar os erros de 2009 e 2010. A empresa Módulo, especializada em gestão de risco, e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), que fez a certificação do exame, participaram da operação.



Colóquios do Centro Brasileiro de Pesquisa Físicas-CBPF

A PEDRA COM ALMA: TRÊS MIL ANOS DE MAGNETISMO


            A fascinação pelos ímãs data de cerca de três mil anos, mas certamente foram os gregos os primeiros a descrever os fenômenos magnéticos. Já na Idade Moderna, tais fenômenos inspiraram e estimularam muitas visões da forma de funcionamento da natureza, incluindo o modelo para as forças que mantêm os planetas nas órbitas.
           Notável em si mesma, essa história, que conta a busca pelo entendimento das forças magnéticas, se desenrola contra um pano de fundo de idéias mutantes sobre a natureza e cobre um período que testemunhou o nascimento da ciência, a revolução científica dos séculos XVI e XVII e os pontos de inflexão na visão de mundo que abalaram o sistema newtoniano. Se desenvolve em primeiro lugar por meio da descoberta, no século XIX, da conexão entre eletricidade e magnetismo, um avanço que também abre o caminho para a invenção de todo tipo de máquinas elétricas. Um segundo passo decisivo é o desenvolvimento da mecânica quântica, que permite a compreensão da estrutura da matéria e a ordem magnética. Esse entendimento básico, combinado com os progressos no conhecimento dos materiais, conduziu à produção de melhores ímãs, tornando-os ubíquos na vida moderna.
           Para contar essa história, o Ciclo 2011 de Colóquios do CBPF receberá excepcionalmente amanhã,  quarta-feira (16), o físico Alberto Passos Guimarães, autor do livro "A pedra com alma: a fascinante história do magnetismo, lançado recentemente pela editora Civilização Brasileira.
Pesquisador do CBPF, Alberto Passos Guimarães é membro da Academia Brasileira de Ciências e um dos mais respeitados especialistas brasileiros em magnetismo, além de ter uma vasta experiência em divulgação da ciência, adquirida ao longo de 30 anos como colaborador da Revista Ciência Hoje (SBPC), da qual é também um dos fundadores.
             Os encontros do Ciclo de Colóquios acontecem semanalmente, sempre às 16 horas, no auditório do 6. andar do CBPF, localizado na rua Dr. Xavier Sigaud, 150, Urca, próximo ao shopping Rio Sul.

              A programação do evento pode ser acompanhada em www.coloquioscbpf.blogspot.com.

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