O aditivo foi desenvolvido a partir da mucilagem da palma forrageira, cacto suculento, ramificado e de porte arbustivo encontrado, comumente, na região Nordeste. A mucilagem, no sentido botânico, é uma secreção rica em polissacarídeos que tem a função de reter água em algumas plantas.
Com o uso dessa substância gelatinosa e de estrutura complexa, presente na palma forrageira, foi possível que os pesquisadores da federal paraibana elaborassem um aditivo que permitisse reduzir a quantidade de água na preparação do gesso e aumentasse o tempo disponível para se manusear o material.
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O trabalho, desenvolvido pela pesquisadora Aline Monteiro, sob a orientação do professor Normando Perazzo, está disponível para consulta on-line. Nele, a pesquisadora explica que o revestimento de gesso atual possui rápida e fácil aplicação e está sendo muito utilizado na construção civil devido ao seu baixo custo.
No entanto, a execução deste revestimento tem gerado um enorme volume de resíduos, já que possui alta velocidade de endurecimento e ainda não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que possibilitem a sua reutilização.
Nos procedimentos metodológicos, Aline Monteiro conta que foram seguidas as seguintes etapas: processo de extração da mucilagem da palma, ensaios de massa específica do aditivo e determinação de ph - escala para acidez e basicidade de substância aquosa, como também a aplicação na pasta de gesso para os ensaios de tempo de pega, absorção, compressão e consistência.
Com base nos resultados, a pesquisadora da UFPB concluiu que o aditivo para ser utilizado como retardador e plastificante obteve valores satisfatórios para o uso. A avaliação do tempo de pega confirmou sua ação retardadora no tempo de início de pega e final de pega.
No ensaio de resistência à compressão, Aline Monteiro pontua, na sua dissertação, que quanto menor a porcentagem utilizada do aditivo, maior é a resistência. O ensaio de absorção mostrou que o corpo de prova com maior umidade era o que continha a relação água/gesso maior, e o menor valor correspondeu a menor quantidade de água com a adição do aditivo.
Quanto ao ensaio de consistência, as pastas com a adição do aditivo possuíram valores satisfatórios comparados aos valores de referência. Os próximos passos do estudo são aperfeiçoar o controle do tempo de atuação do aditivo, a fim de que esteja apto para comercialização.
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Reportagem e Edição: Pedro Paz
Ascom/UFPB
Blog rafaelrag
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