quinta-feira, 26 de junho de 2025

Nota de pesar pelo falecimento da professora Daniela de Lourdes Anjos Coutinho Simões Andrade da UFCG, campus Cuité


Professora Daniela e seu esposo André Barbosa.



Lamento informar o falecimento da professora da Unidade acadêmica de Química e Biologia (UAQ) do Centro de Educação e Saúde (CES)  da UFCG, campus Cuité,  Daniela de Lourdes A. C. S. Andrade, 50 anos, faleceu no hospital Português de Recife, dia 25-6-25. Ela estava internada desde o dia 10.

O seu velório começará às 9h e o seu corpo será cremado no cemitério Parque da Paz, nesta quinta-feira, 26, às 13h. 

Que Deus ampare a família e amigos neste momento de grande perda.

Professora Daniela tinha uma doença rara, hipertensão pulmonar.

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A professora universitária Daniela de Lourdes Anjos Coutinho Simões Andrade, de 47 anos, morava com  o seu esposo André Barbosa, em Campina Grande (PB) e lecionava na UFCG, campus Cuité.

Em dezembro de 2014, ela  vivia uma rotina intensa de trabalho e estudos, pois se preparava para prestar um concurso público. Ela passou a sentir dor nas costas e ter rouquidão, mas atribuiu os sintomas à correria do dia a dia. Em 8 de dezembro, data da prova, ela sentiu muita falta de ar ao subir as escadas e foi levada ao hospital pelo esposo, o meteorologista André Luís Simões Andrade, hoje com 49 anos.

Por ser final de ano, muitos médicos estavam de férias, o que dificultou que ela obtivesse um diagnóstico. Ela ficou internada cinco dias e recebeu alta, mas ainda estava com os mesmos sintomas.

“Eu estava pior a cada dia e achava que ia morrer. Eu sentia muita dor nas costas, dificuldade de respirar, não conseguia nem mais falar porque doía e tinha que anotar tudo em um papel. Eu não podia andar porque minhas pernas pesavam e meu marido tinha que me carregar no colo. Ninguém descobria o que eu tinha”, revela.

Em janeiro de 2015, um cardiologista a diagnosticou com embolia pulmonar bilateral. Como os pulmões estavam muito comprometidos, ele desconfiou que fosse algo mais sério do que uma embolia tratável com anticoagulantes. Foi realizada uma série de exames e a conclusão foi de que Daniela sofria de hipertensão arterial pulmonar (HAP) crônica em decorrência da embolia. O resultado assustou toda a família. “Passamos por grupos de apoio, porque é uma doença debilitante, progressiva e fatal. O coração não consegue bombear o sangue para o pulmão e as extremidades do meu corpo, como nariz, orelha, pernas e braços, eram muito geladas porque o sangue não circulava pelo corpo e o coração, para compensar, bombeava mais forte. Por isso desenvolvi um quadro de insuficiência cardíaca severa confirmada pelos exames”, afirma. Seu coração fazia tanto esforço bombeando o sangue que cresceu consideravelmente.

Ela passou a tomar os vasodilatadores prescritos e foi proibida de fazer qualquer tipo de esforço. Trabalhar e praticar atividades físicas estavam completamente fora de cogitação. A alimentação passou a ser extremamente regrada e exames periódicos passaram a ser realizados. Ela relata como foi aquela fase: “a insuficiência cardíaca era gravíssima e uma médica me explicou que era como se eu tivesse o coração de um idoso de 80 anos. O órgão estava fraco e eu corria risco de morrer”.

Mesmo com todos esses cuidados, ela viveria, no máximo, mais três anos, dependendo de seu marido para tudo, inclusive para se locomover.

Hipertensão pulmonar

A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma doença rara que faz com que a pressão arterial nos pulmões seja mais alta.

Apesar de poder atingir qualquer pessoa, a HAP é mais comum em mulheres, principalmente as que têm entre 20 e 40 anos.

Os principais sintomas da HAP são fadiga, vertigem, dores no peito, tontura ao se esforçar fisicamente, desmaios e dificuldade respiratória que se agrava conforme o avanço da doença.

O portador de HAP deve diminuir o esforço físico no dia a dia, pois mesmo atividades simples, como varrer a casa, podem afetar a respiração e desencadear problemas maiores. Também fazem parte do tratamento o uso de anticoagulantes, de vasodilatadores e até oxigenação mecânica, dependendo da gravidade da doença.

Segundo a medicina, não existe cura para a HAP.

Fonte: Ministério da Saúde

Nota de pesar do CES-UFCG pelo falecimento da professora Daniela de Lourdes Anjos Coutinho Simões Andrade.

A Direção do Centro de Educação e Saúde (CES), vem a público manifestar, em nome de toda a comunidade acadêmica, o mais profundo pesar pelo falecimento da professora Daniela de Lourdes Anjos Coutinho Simões Andrade, ao mesmo tempo em que prestam condolências a familiares e amigos enlutados pela irreparável perda.

Cuité, 25 de junho de 2025

Ramilton Marinho Costa
Diretor do CES/UFCG

Luiz Sodré Neto
Vice-Diretor do CES/UFCG

Parque da Paz está localizado na Avenida Jornalista Assis Chateaubriand, 5460 - Velame, Campina Grande - PB, 58475-000. Telefone de contato (83) 3331-4257. 

André Barbosa, esposo de Daniela. A formação dela vai de Engenharia de Materiais, Matemática, Química, Ambiental, Aeroespacial até Engenharia de Produção! 😇

Blog rafaelrag 

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