No último dia 27 de maio, as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) foram surpreendidas com o anúncio do Governo Federal do bloqueio de 14,54% no orçamento discricionário no orçamento a elas destinado. A medida é preocupante, na nossa universidade esse percentual corresponde a R$ 12.797.526,00 do valor destinado às atividades de custeio - a exemplo da manutenção dos contratos de limpeza, vigilância, apoio administrativo, serviços de água e esgotos, energia elétrica e telecomunicações.
A UFCG - que já vinha realizando estudos e envidando esforços no sentido de conseguir honrar seus compromissos, visto o orçamento para o exercício de 2022 ser insuficiente, considerando os cortes já ocorridas em anos anteriores e uma inflação acumulada de 12,13% nos últimos 12 meses -, assim como as demais Ifes poderá ter sua capacidade de funcionamento inviabilizada, caso o bloqueio seja mantido.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) evidencia - em nota publicada no dia 28 de maio - que, desde 2016, as universidades públicas tiveram uma redução sistemática em seus valores para custeio e investimento, mesmo após todo o protagonismo e êxitos demonstrado até aqui em favor da ciência e da sociedade no combate e controle direto da pandemia de covid-19, bem como em soluções científicas para os mais diversos setores.
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Nesse contexto, em consonância com o colegiado de reitores da Andifes, a UFCG manifesta grande preocupação com essa restrição orçamentária tendo em vista que os recursos, já escassos, são fundamentais para a realização das atividades de ensino, pesquisa e extensão com a qualidade esperada pela sociedade; à medida em que está trabalhando ativamente no sentido de tentar reverter tal bloqueio.
Campina Grande, 2 de junho de 2022.
Antonio Fernandes Filho
Reitor
Blogg rafaelrag
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