Páginas

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Em tempo. Estudantes da UFPB denunciam professor por assédio e fazem protesto em Areia para pedir exoneração

 




Dezenas de estudantes do Campus II da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), realizaram um protesto para denunciar um professor por assédio moral e sexual e pedir a exoneração dele, que, segundo as denúncias, tem ocasionado desistências dos cursos, transferências de turmas e crises de ansiedade em alunas. Conforme apurado pelo ClickPB, o ato intitulado como "Estudantes contra o assédio" aconteceu na terça-feira (31 de outubro), na unidade da instituição localizada no município de Areia. 

Leia mais


Com exclusividade ao ClickPB, uma representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), que preferiu não se identificar, informou que as denúncias contra o professor existem desde 2019. Segundo ela, o homem já foi afastado por dois meses no ano passado, mas retornou ao Campus, continua trabalhando normalmente e estava dando aula no momento em que o protesto aconteceu. 

O campus II vem enfrentando diversas situações de assédio, principalmente as alunas. O mesmo ainda esse ano cometeu assedio sexual e moral nas turmas que é responsável, fazendo alunas desistirem do curso e precisar transferir turma em razão de crises de ansiedade. Alguns relatos de alunas chegaram de que ele chamava elas para ir beber na casa dele. Surgem relatos o tempo inteiro. As que se sentiram fortalecidas pra denunciar, enfrentam a burocracia dos trâmites. E outras tem medo porque ele é titular de disciplinas obrigatórias", relatou a estudante ao ClickPB.

Conforme as imagens obtidas pelo ClikPB, é possível observar alguns relatos de assédio descritos em cartazes usados pelas estudantes durante o protesto: "Ajoelhou tem que rezar; Ele mostrou a bunda na sala para mostrar o bronze; Na minha sala ele fala: enfia o dedinho lá. Usa esse (o dedo do meio) e enfia para ligar o computador; Fora que quando foi no final ele disse que as meninas que precisassem de ponto para não irem para a final fossem para a sala dele sozinhas; Ele foi mostrar o tipo da cor de bronze (levantou a camisa)". 


Ainda de acordo com a representante das estudantes que conversou com o ClickPB, existe um processo aberto pela comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar e Responsabilização (CPPRADR) para apurar as denúncias, mas até o momento não houve andamento.  

"A gente se encontra de mãos atadas. O processo dele se encontra na entidade CPPRAD e está parado há mais de seis meses. Ele teve um pequeno afastamento em 2022, por dois meses e voltou a fazer de novo. A ouvidoria da UFPB também tem sido omissa e não tem interesse em dar andamento ao processo dele. Conseguimos apoio e solidariedade de professores de vários departamento do Campus e a direção demonstrou apoio também. Mas a ouvidoria e CPPRADR ainda não se manifestou".

Procurada pelo ClickPB, a UFPB informou que o caso está sendo apurado, que providências já estão sendo tomadas e será aberto um processo administrativo pela instituição. Confira a nota na íntegra:

Conforme a Direção do Centro de Ciências Agrárias (CCA), do Campus II, em Areia, as devidas providências de investigação estão sendo tomadas e já há a orientação para abertura de procedimento Administrativo Disciplinar. Foram abertas duas sindicâncias para apuração dos fatos. Uma das sindicâncias solicitou a abertura de Processo Administrativo Disciplinar e está sendo aguardada a finalização desta etapa. 
Ainda de acordo com a Direção do CCA, foram recebidas mais de una denúncia via o sistema de Ouvidoria da UFPB. 
A Reitoria da UFPB, por sua vez, informa que o Reitor Valdiney Gouveia repudia qualquer tipo de assédio.

Click PB





Com informações do professor Nilton Frazão da UFCG, campus Cuité.


Blog rafaelrag


Nenhum comentário:

Postar um comentário