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terça-feira, 28 de junho de 2022

Curvas de novos casos de Covid-19 seguem em alta na Paraíba e em Campina


 Hoje, 28 de junho, em 
Cuité, acontecerá mais uma glomeração durante a penúltima noite de festa junina 2022. Todo cuidado é pouco. Está aumentando também o número de casos de Dengue nas comunidades docenes, funionário e discente da UFCG, no sete campi.

  

Dos 223 municípios paraibanos, 95 apresentaram elevações nos números de novos casos.

O 104º boletim da pesquisa semanal realizada pelo professor Josenildo Brito, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), confirma que a pandemia de Covid-19 segue numa tendência ascendente, apontando para uma quarta onda de contaminação na Paraíba. 

De acordo com o estudo, as curvas de novos casos do Brasil e da Paraíba, bem como de outros estados, vinham em uma tendência de queda, mas, na metade de maio, passou a apresentar pontos de inflexão, passando de uma tendência de queda para uma tendência de subida. Esse fato foi observado em 20 estados, entre as semanas de 4 e 11 de junho.

Nas duas últimas semanas, dos 223 municípios paraibanos, 95 apresentaram elevações nos números de novos casos, dos quais 44 cidades apresentaram alta igual ou superior a 100%.

 

Para o estado da Paraíba, a taxa de crescimento de novos casos, considerando as semanas de 4 a 18 de junho, teve alta de 15,31%, passando de 2.123 para 2.448, enquanto que em Campina Grande a taxa apresentou alta de 7,22%. De 263 para 282 novos casos registrados. Apenas João Pessoa apresentou queda, de 19,74%. De 770, caiu para 618 novos casos.

Dentre as causas apontadas para o crescimento no número de novos casos, o estudo enumera a liberação do uso de máscaras, o surgimento de variantes e subvariantes, a estagnação da vacinação, queda na imunidade, sazonalidade, a Síndrome Respiratória Aguda Grave e aglomerações em eventos.


Subnotificação

 

Apesar de já serem preocupantes, o pesquisador destaca que os números da pandemia no estado podem ser ainda piores, uma vez que há indícios de grande subnotificação, fazendo com que a curva de novos casos na Paraíba seja menor do que na realidade é.

 

"Não há uma oferta massiva de testes, provocando um subdimensionamento no registro de casos. Outro aspecto a se considerar é a falta de consistência e confiabilidade nos dados que são publicados, prejudicando a análise estatística que reflita melhor o comportamento real da evolução do vírus no estado", observa.

 

A publicação dos dados do 104º boletim foi prejudicada porque o Ministério da Saúde divulgou os dados na segunda-feira à noite, dia 20.

 

A pesquisa

 

O estudo é realizado pelo professor Josenildo Oliveira, da Unidade Acadêmica de Engenharia de Produção, com a colaboração do aluno Pedro Mateus Barbosa. Já vem acontecendo desde o mês de abril de 2019, após o surgimento dos primeiros casos de Covid-19 no país, com a produção do Boletim Informativo Semanal sobre projeções e gráficos de casos e óbitos decorrentes da pandemia.

 

As projeções do relatório semanal concentram-se nas curvas de crescimento no Brasil, em São Paulo, na Paraíba, em João Pessoa e Campina Grande. O método aplicado é conhecido como Previsão de Demanda: um método muito utilizado por empresas para calcular qual seria a demanda futura de determinado produto baseado no que aconteceu no passado. O grau de assertividade da pesquisa tem sido de quase 100%.

 

Clique aqui para acessar o relatório na íntegra.

 

(Ascom UFCG)

Blog rafaelrag

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