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domingo, 25 de abril de 2021

Jornal compara currículo entre paraibano e nova presidente da Capes


                                        Foto: Montagem/Paraibaonline

O jornal O Estado de São Paulo publicou esta semana um Editorial que nos enche de orgulho, enquanto paraibanos, mas de outra parte desnuda o desdém do governo federal para a com a vital área educacional.

A seguir, alguns trechos.

“A nova crise na área educacional, com a inesperada substituição do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o professor (paraibano) de engenharia Benedito Guimarães Aguiar Neto, pela advogada Cláudia Mansani de Toledo, é mais uma demonstração de que o método de escolha do governo Bolsonaro para ocupantes de cargos públicos se baseia na mediocridade.

“A disparidade entre os currículos de quem sai e de quem entra é tanta que, horas após o anúncio da troca de comando, a Sociedade Brasileira de Física divulgou uma nota de protesto, afirmando que o futuro da Capes está ameaçado.

“Criada em 1951, a Capes sempre exerceu um papel fundamental na formação de recursos de alto nível no País, sendo responsável pelo Sistema Nacional de Pós-Graduação, pela articulação dos acordos internacionais nesse nível de ensino e pela expansão de pesquisas e inovação tecnológica no Brasil.

“Para ter ideia da discrepância entre o ex-presidente da Capes e sua sucessora, o primeiro é mestre em engenharia elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), doutor pela Technische Universität Berlim, na Alemanha, e pós-doutorado pela University of Washington, nos Estados Unidos. Foi reitor da Universidade Mackenzie (SP) e presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras.

“Já sua sucessora é bacharel em direito pela Instituição Toledo de Ensino, pertencente à sua família. Fez o mestrado na PUC-SP e coordenou a pós-graduação do empreendimento familiar antes de fazer o doutorado, o que é insólito.

“Após obter o título de doutor no curso que dirigia, hoje é reitora da instituição, onde se formaram o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o Advogado-Geral da União (AGU), André Mendonça.

“Na última avaliação da Capes, que é feita a cada quatro anos, o curso de mestrado por ela dirigido recebeu nota 2, sendo descredenciado (…) A instituição pediu reconsideração e não teve sucesso.

“No governo Bolsonaro, apresentou novo recurso. No dia anterior ao da saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação, o curso obteve a nota 4 e pode voltar a funcionar”.

Blog rafaelrag/Jornal o Estado de SP

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