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domingo, 17 de janeiro de 2021

Questão da UNESP sobre História e Literatura no estilo do Primeiro dia do ENEM, neste domingo, 17

       Igreja centenária de Alagoa Grande-PB, Nossa Senhora da Boa Viagem.

O primeiro dia de provas  do ENEM, acontecerá neste domingo, 17 de janeiro. O segundo dia de provas será dia 24 de janeiro. Acesse sua inscrição, clicando em


Data das provas:
Versão Digital
– 31 de janeiro: provas de linguagens e códigos, ciências humanas e redação
– 07 de fevereiro: provas de ciências da natureza e matemática

Versão Impressa
– 17 de janeiro de 2021: provas de linguagens e códigos, ciências humanas e redação
– 24 de janeiro de 2021: provas de ciências da natureza e matemática

(Unesp/2019) Destinada unicamente à exportação, em função da qual se organiza e mantém a exploração, tal atividade econômica desenvolveu-se à margem das necessidades próprias da sociedade brasileira. No alvorecer do século XIX, essa atividade econômica, que se iniciara sob tão brilhantes auspícios e absorvera durante cem anos o melhor das atenções e dos esforços do país, já tocava sua ruína final. Os prenúncios dessa ruína já se faziam aliás sentir para os observadores menos cegos pela cobiça desde longa data. De meados do século XVIII em diante, essa atividade econômica, contudo, não fizera mais que declinar.

(Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1999. Adaptado.)
A atividade econômica a que o texto se refere está presente em:

A) A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.
(Gregório de Matos, “À cidade da Bahia”.)

B) Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado,
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
(Tomás Antônio Gonzaga, “Lira I”.)

C) Tu não verás, Marília, cem cativos
Tirarem o cascalho e a rica terra,
Ou dos cercos dos rios caudalosos,
Ou da minada Serra.
Não verás separar ao hábil negro
Do pesado esmeril a grossa areia,
E já brilharem os granetes de ouro
No fundo da bateia.
(Tomás Antônio Gonzaga, “Lira III”.)

D) Pescadores do Mondego,
Que girais por essa praia,
Se vós enganais o peixe,
Também Lise vos engana.
Vós ambos sois pescadores;
Mas com diferença tanta,
Vós ao peixe armais com redes,
Ela co’os olhos vos arma.
(Cláudio Manuel da Costa, “Romance I”.)

E) Aonde levas, Pastora,
Essas tenras ovelhinhas?
Que para seu mal lhes basta
O seres tu quem as guia.
Acaso vão para o vale,
Ou para a serra vizinha?
Vão acaso para o monte,
Que lá mais distante fica?
(Cláudio Manuel da Costa, “Romance IV”.)

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RESOLUÇÃO:
O texto do enunciado faz referência à mineração, realizada por mão de obra escrava à época do período colonial.
Essa atividade é encontrada no trecho da Lira III de Tomás Antônio Gonzaga, como pode ser identificado no fragmento:
Tu não verás, Marília, cem cativos
Tirarem o cascalho e a rica terra,
Ou dos cercos dos rios caudalosos,
Ou da minada Serra“.
Resp.: C


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