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domingo, 12 de julho de 2020

Todo Cuidado é Pouco com o Novo Coronovírus, dengue, chikungunya e zika


Foto: Ascom
 A chikungunya    pode deixar o homem e a mulher com  dores articulares crônicas. O novo coronavírus tem sido o centro das atenções de saúde nos últimos meses, mas com a chegada das chuvas a população não pode descuidar de doenças já conhecidas como a dengue, chikungunya e zika, que assim como a Covid-19 são graves problemas de saúde pública.
O infectologista do Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, pede a população cuidado redobrado neste período do ano e explica que essas são doenças mais presentes em países de temperaturas mais elevada devido à característica de sobrevivência do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico de Arboviroses divulgado pelo Ministério da Saúde no mês de junho, o país soma um total de 823.738 casos prováveis de dengue, 40.352 casos prováveis de chikungunya e 3.692 casos da zika.

Já na Paraíba, os dados do último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, também divulgado em junho, apontam 3.393 casos prováveis de dengue, 402 de chikungunya e de zika foram registrados 81 casos prováveis.

“Estamos tendo um número significativo no número de casos, principalmente da dengue, mas a chikungunya também está presente e a zika, esse último, talvez com um retorno do vírus sob mutação e o que não se sabe é se quem já teve zika pode vir a ter novamente”, alerta o médico.

O especialista recomenda que a população continue combatendo a propagação da doença com medidas já conhecidas como evitar o acúmulo de água parada, fazer uso de repelente no início da noite e, se puder, usar tela de proteção nas janelas que é uma medida muito eficaz.

“Todas essas recomendações vão contribuir para que não tenhamos dois problemas ao mesmo tempo, que é uma arbovirose associada ao risco já existente, que é a Covid-19”, reforça Fernando Chagas.

As arbovirose – O infectologista do Hospital do Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, explica que as três doenças são de origem viral e provocadas pelo mesmo vetor, o Aedes Aegypti. Segundo ele, o que difere a dengue, da chikungunya e a zika é o comprometimento que cada uma delas pode trazer para vida do indivíduo.

A dengue é a mais clássica e o maior problema é ela evoluir para uma forma grave.

“É importante a partir do quinto ao sexto dia da doença observar a presença de dor abdominal e vômitos, porque, para esses casos, é necessário buscar uma unidade de urgência, já que é uma doença que pode matar”, reforça.


A chikungunya atinge células da cartilagem, causando dores articulares, sendo esta a maior característica da doença.

“Geralmente não causa morte, porém o indivíduo acometido pela doença pode ficar até três meses e, em alguns casos, se tornar crônica em pessoas que já tenham doença autoimune ou problemas nas articulações. É uma doença que acaba afastando a pessoa acometida das suas atividades diárias, por conta das dores que até para responder a antinflamatórios ou analgésicos são de difíceis controle-resposta”, difere.

Já a zika tem como grande problema as repercussões neurológicas que ela pode causar.
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“Ela pode vir a ocasionar a síndrome de Guillain-Barré, que é quando o indivíduo começa a perder forças nos membros, em alguns casos, precisando, inclusive ir para UTI e na mulher grávida pode ocasionar a Microcefalia, fazendo com que a criança passe a depender para o resto da vida dos pais e/ou familiares pela falta de desenvolvimento do crânio, então alguns funções básicas podem ficar prejudicadas”, contemporiza.

Sintomas – Apesar da diferença está no comprometimento que as doenças ocasionam aos indivíduos afetados, algo que as tornam comum são os sintomas, sendo a febre ou o quadro febril o mais comum, além das dores no corpo, dor de cabeça, manchas na pele e coceira.

Sequelas – A dengue não deixa sequelas, a zika pode deixar como sequela a Guillain-Barré ou, no caso de mulheres grávidas, a microcefalia nos bebês.

Já a chikungunya, o indivíduo pode ficar com a forma crônica da doença por um período de dois a três anos, que são dores articulares crônicas, às vezes, podendo ficar sem conseguir andar direito, sem fazer atividades domésticas e outras atividades do dia a dia por conta das dores.

Blog rafaelrag/Paraibaonline

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