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sexta-feira, 21 de junho de 2019

Elba Ramalho será homenageada na edição 2019 d’O Maior São João do Mundo

Ela nasceu em Conceição, no Alto Sertão da Paraíba, mas, aos 11 anos, mudou-se com a família para Campina Grande, onde foi “feliz no Bodocongó”, até pegar a estrada para se transformar em uma das mais importantes estrelas da constelação musical brasileira e conquistar o mundo com sua voz e performance de palco inconfundíveis.
Elba Ramalho, artista que há mais de dez anos anima a noite de São João no Parque do Povo, também será homenageada na edição 2019 d’O Maior São João do Mundo, por iniciativa da Medow e da Prefeitura Municipal de Campina Grande.
A decisão de homenagear Elba partiu da organização do evento, como forma de reconhecimento à história da cantora, sua ligação com a cidade e com O Maior São João do Mundo.
Há mais de 20 anos, a estrela é atração garantida na grade de programação do evento e uma das mais aguardadas pelos forrozeiros campinenses e visitantes.
“Elba Ramalho é sinônimo de festa, de alegria, logo, tem tudo a ver com São João. Ela participa do São João de Campina Grande há mais de 20 anos, sempre elevando o nome da cidade onde quer que vá. Nada mais justo do que prestar essa homenagem que, embora singela, tem um significado muito valioso”, disse a secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Campina Grande, Rosália Lucas.
A noite está sendo aguardada com grande expectativa pelos fãs da cantora e pelo público em geral. Fã da cantora desde a adolescência, a radialista Kalilka Vólia é só ansiedade à espera do grande show de Elba, no Parque do Povo.
“Ave Maria! Nem me fale, porque não vejo a hora de chegar a noite do dia 23 de junho. É uma data que espero o ano inteiro e que sempre me emociona muito”, conta a apresentadora de TV, que não esquece o dia em que entrevistou a cantora pela primeira vez.
“Foi um momento marcante. Era eu entrevistando e as lágrimas caindo de tanta emoção”, relatou.
Elba Maria Nunes Ramalho nasceu no dia 17 de agosto de 1951, na cidade de Conceição, no Sertão da Paraíba, quarta filha do casal João Nunes de Souza e Maria Geni Ramalho.
Em 1962, a família mudou-se para Campina Grande e, aos 11 anos, a menina Elba ingressou no Colégio Estadual Elpídio de Almeida – Estadual da Prata, onde, pouco tempo depois, iniciaria sua carreira artística, participando de um grupo de teatro criado durante as aulas de literatura da professora Elizabeth Marinheiro.
Ainda no Estadual da Prata, aos 14 anos, Elba e um grupo de amigas, embaladas pelo sucesso da Jovem Guarda, formaram a banda de rock As Brasas, no qual tocou guitarra e bateria. Começava ai uma trajetória de sucesso que este ano completa 40 anos.
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Curiosidades
Na tentativa de afastar a filha do teatro e da música, o pai de Elba a conduziu, com a irmã Vavá, para João Pessoa. Lá moraram num pensionato, juntamente com duas primas.
Pouco tempo depois Elba deixa João Pessoa e volta a morar em Campina Grande. No Colégio da Prata ela termina o 3o científico (3o ano do Ensino Médio).
O grupo de Corais Falados cresce e se transforma na Fundação Artístico-Cultural Manuel Bandeira, a FACMA, saindo do ambiente escolar. A instituição foi subdividida em departamentos e Elba tornou-se a diretora do Departamento Cênico-musical.
Cursou o primeiro período do curso de Direito na Fundação Universidade Regional do Nordeste – FURNE, e desistiu da faculdade.
Inicia um estágio na FUNDESP em Campina Grande. Logo em seguida começa a trabalhar como recepcionista no Museu de Arte de Campina Grande.
Na FACMA, Elba participava da organização do Festival Campinense de Música Popular Brasileira. Na terceira edição, ela resolve concorrer com a canção Ou coisa parecida, parceria dela com o amigo Zezé Duarte, que brincavam dizendo ser um plágio de uma música de Belchior (Na hora do almoço). Para surpresa dela, vence o festival.
João Cabral de Melo Neto prestigia a remontagem de seu poema Morte e Vida Severina encenado pelo grupo teatral da FACMA no Teatro Municipal de Campina Grande. Viajaram com este espetáculo por todo o Nordeste.
Elba começa a trabalhar com produção de shows em Campina Grande em parceria com o amigo Cardosinho (primo de Marcelo Melo, vocalista do Quinteto Violado). A dupla consegue levar o Quinteto Violado para apresentar o show Berra Boina AABB local.
Por intermédio deste amigo, Elba conhece melhor os integrantes do Quinteto e prontamente estabelece uma amizade: foi dizendo que era atriz, que também cantava e era muito ligada à cultura popular.
Junho 92: nas festividades de São João, no Parque do Povo, Elba recebe o título de Cidadã Campinense.
Maio: São João na estrada, de Moraes Moreira, em gravação de Elba, é premiada como Melhor música regional de 1992 no 6o Prêmio Sharp (Prêmio da Música Brasileira). O clipe da música título do trabalho teve cenas gravadas no Parque do Povo;
Fevereiro: desfila pela primeira vez como Madrinha de Bateria, na Escola de Samba Vila Isabel, que naquele ano apresentou o enredo João Pessoa, onde o sol brilha mais cedo.
Elba é empossada na Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba, ocupando a cadeira número 36, que tem como patrona a musicista Maria das Mercês de Araújo Gambarra.
Abril de 2005: Elba canta em Macau, na China! Foi a primeira vez que um artista brasileiro se apresentou por lá.
Maio de 2016: Elba é homenageada com uma exposição no Museu de Arte Popular da Paraíba (Museu dos Três Pandeiros) em Campina Grande, exibindo fotos, vídeos, prêmios, figurinos e objetos pessoais. Na abertura ela gravou um depoimento, também exibido durante a exposição.
Elba foi escolhida para ser a homenageada do Carnaval 2017 da Escola de Samba Tom Maior, de São Paulo, com o enredo Elba Ramalho canta em oração o folclore do Nordeste. Toque sanfoneiro forró, frevo e xaxado.
(Paraibaonline)
Blog rafaelrag

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