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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Professor colaborador da UFCG é uma das mentes por trás da maior e mais complexa infraestrutura científica do Brasil, revela BBC



Narcizo Marques de Souza Neto é também ex-aluno da UFCG, onde graduou-se em Física em 2001.

Um professor colaborador da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) é uma das “mentes por trás do maior acelerador de partículas do Brasil”. É o que revela a BBC News Brasil em matéria divulgada nessa terça, dia 13, sobre a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil, o Sirius, laboratório de luz síncrotron, que terá sua primeira etapa inaugurada nesta quarta-feira, dia 14, em Campinas, SP.

Um dos principais pesquisadores do projeto Sirius, Narcizo Marques de Souza Neto nasceu em Malta, no Sertão da Paraíba. Graduou-se em Física em 2001 na UFCG, campus Campina Grande (então campus II da UFPB), tendo feito mestrado pela Unicamp em 2003, doutorado pela USP, em 2007, e Pós-doutorado no Argonne National Laboratory, nos EUA, em 2010.

Em 2015, foi o primeiro pesquisador da América Latina a ganhar o Dale Sayers Award da Sociedade Internacional de Absorção de Raios X, considerado um dos mais importantes prêmios na área de espectroscopia por absorção de raios-x.

"Meu sonho era ser professor na Universidade Federal de Campina Grande. Hoje, mesmo distante, eu consigo colaborar com o pessoal de lá. Neste ano, um mestre se formou com a minha orientação, por exemplo", conta ele à BBC News Brasil.
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Na matéria, o cientista paraibano revela que uma das possíveis aplicações das pesquisas é o desenvolvimento de trens de alta velocidade. Outra possibilidade seria desenvolver baterias e dispositivos eletrônicos com baixíssimo consumo de energia. "Você pode pensar que, daqui 50 anos, por exemplo, você teria um celular cuja bateria carregada apenas uma vez durasse dez anos", afirma.

Projeto Sirius

Construído pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), o Sirius foi projetado para ter o maior brilho do mundo entre as fontes com sua faixa de energia.

De maneira simplificada, o Sirius é um ultra-aparelho de radiografia que será capaz de analisar em três dimensões, e em movimento, de forma detalhada a estrutura e o funcionamento de estruturas micro e nanoscópias, como nanopartículas, átomos, moléculas e vírus.

Quando estiver em atividade, estima-se que uma pesquisa que atualmente é feita em 10 horas nos equipamentos mais avançados do mundo poderá ser concluída em 10 segundos.

Assista aqui ao vídeo sobre o Sirius.

(Ascom UFCG, com dados da BBC News Brasil)

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