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domingo, 28 de outubro de 2018

Em transmissão ao vivo, Bolsonaro afirma que universidade não é lugar de protesto

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A um dia do segundo turno, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou ontem,  sábado (27) que universidade não é lugar de protesto. A fala foi feita durante transmissão ao vivo pelo Facebook, a última antes da votação de domingo (28).

“A universidade não é lugar disso mas, se querem fazer um ato desse, os dois lados têm que ter o direito de fazer”, disse, acusando que seus apoiadores não sejam autorizados a protestar.

“Se uma pessoa nossa qualquer quisesse colocar uma faixa lá “corrupção nunca mais’ ou ‘abaixo Maduro’, pronto, não teria oportunidade. Com toda certeza, não botaria essa faixa lá, seria escorraçado e seria agredido violentamente”, acusou o presidenciável sem relatar nenhum caso específico em que essa tentativa tenha ocorrido.

A Justiça Eleitoral autorizou nesta semana ações com ingresso da polícia em universidades públicas e privadas do país para a retirada de materiais que continham dizeres políticos, grande parte deles contrários ao fascismo e a favor da democracia. Alguns também continham críticas a Bolsonaro.

Há relatos de ao menos 30 instituições de ensino alvos de operações desde o início da semana, a maioria sob a justificativa de coibir propaganda eleitoral irregular. Os críticos da atuação dos órgãos oficiais apontam censura.

As ações da Justiça Eleitoral e de policiais incluíram a retirada de cartazes, veto a eventos e proibição da veiculação de artigos.

Neste sábado, a ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu as autorizações para o recolhimento do material. Em sua decisão, ela disse que “toda forma de autoritarismo é iníqua” e que é “pior quando parte do estado”.

Segundo Bolsonaro, os protestos são provocados por uma minoria ativista.

“A maioria dos universitários é do bem, da paz. A minoria que é ativista que vai para violência”, disse.

O candidato do PSL disse ainda que os verdadeiros combatentes do fascismo foram os pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que foram para a Itália durante a Segunda Guerra Mundial.
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“Nós combatemos o fascismo, diferentemente dessa minoria que, ao defender o PT, que é fascista porque é estado. Não é que se equivocam, mentem, e tentam jogar para cima de mim a responsabilidade que não é minha, é deles.

Bolsonaro disse que, se eleito, deseja que os estudantes de escola pública se formem bons profissionais e ‘não um militante de esquerda, defensor dessas ideologias que não deram certo em lugar nenhum do mundo’.

(TALITA FERNANDES)
Blog rafaelrag

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