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domingo, 17 de setembro de 2017

AGROECOLOGIA 2017 - OS NOVOS RUMOS DA AGRICULTURA NO BRASIL

Cinco mil participantes nesta edição

O Agroecologia 2017 promete movimentar a capital federal ao longo da próxima semana. Com expectativa de público de aproximadamente cinco mil pessoas de todo o Brasil e diversos países do mundo, o evento  aconteceu entre os dias 12 e 15 de setembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, localizado no Setor de Divulgação Cultural, Eixo Monumental, em Brasília. 

Patrocinado pelo BNDES, Itaipu Binacional e Fundação Banco do Brasil, o congresso concentra a realização simultânea do VI Congresso Latino-americano de Agroecologia, X Congresso Brasileiro de Agroecologia e V Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno. Promovidos pela Sociedade Científica Latino-Americana de Agroecologia (SOCLA) e Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia), os eventos foram organizados por uma comissão formada por representantes da Embrapa, Universidade de Brasília, Emater-DF, Secretarias de Estado do GDF (Seagri e Sedestmidh), IBRAM e ISPN. 
 Com o tema central “Agroecologia na Transformação dos Sistemas Agroalimentares na América Latina: Memórias, Saberes e Caminhos para o Bem Viver”, o objetivo do encontro é difundir os princípios agroecológicos; potencializar os processos participativos entre sociedade civil, pesquisa científica e poder público; fortalecer as redes e teias de agroecologia; dar visibilidade às experiências agroecológicas da América Latina; contribuir para a construção do conhecimento de base agroecológica e para os avanços teóricos, práticos e políticos. 
 Na coordenação geral e à frente da coordenação técnico – científica do congresso, Ana Maria Resende Junqueira, professora do curso de agronomia da Universidade de Brasília (UnB), afirma que os sistemas de cultivo que respeitam o meio ambiente, os trabalhadores rurais e o consumidor vieram para ficar no país. 
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“O Brasil possui uma área de plantio e de criação de animais, em sistemas de base agroecológica, ainda pequena para as dimensões do país. Comparado a outros países do mundo, não estamos numa colocação de destaque, mas o que a gente observa é um crescimento cada vez maior de consumidores que buscam estes produtos. E os consumidores são aqueles que de fato impulsionam os sistemas de cultivo, os consumidores fazem com que os sistemas de cultivo sejam modificados para o atendimento a uma demanda mais qualificada, que significa respeito ao meio ambiente, às condições sociais dos trabalhadores rurais e aos consumidores. Existe na verdade uma mudança expressiva que acontece em nossas universidades, em nossas escolas de ensino técnico que mostram que agroecologia é transformadora”, analisa. 

Outro ponto importante é que esta edição do Agroecologia ocorrerá durante a Semana do Cerrado, visando contribuir também para a discussão dos desafios e potencialidades do bioma, que é alvo de grandes disputas sociais, de ordem fundiária, mineral, ambiental, cultural, desenvolvimentista e agrária. 

Durante quatro dias, a vasta programação abordará temas referentes a políticas públicas, educação, campesinato e soberania alimentar, conservação, sociobiodiversidade, direitos dos agricultores e povos e comunidades tradicionais, socioecologia, mudanças climáticas, agroecossistemas, agricultura orgânica, agrotóxicos, organismos geneticamente modificados, agriculturas urbana e periurbana, estratégias econômicas, memórias e história da Agroecologia. 

Participante da mesa “Manejo Agroecológico dos Solos”, o palestrante Fernando Dini Andreote, engenheiro agrônomo e professor da ESALQ/USP, abordará a parte biológica do solo demonstrando seu papel na nutrição e proteção das plantas, tornando o sistema de produção menos dependente do suprimento artificial destas variáveis. 

“O manejo busca usar recursos naturais para o desenvolvimento das plantas, promovendo sua nutrição e proteção de forma adequada. O Sistema Plantio Direto, por exemplo, caminha entre o sistema convencional e o agroecológico, pois se baseia num uso racional de solos tropicais. O não revolvimento e a proteção do solo fazem deste sistema de cultivo bastante benéfico aos solos e as plantas que os exploram.”, explica. 

Nos dias 10 e 11 de setembro de 2017 ocorrerá ainda o curso pré-congresso, organizado pela Sociedade Científica Latino Americana de Agroecologia (SOCLA), com a presença de grandes especialistas na temática da Agroecologia de todas as partes do mundo.

Feira Agroecológica e da Sociobiodiversidade

Entre as atividades do Agroecologia 2017 também haverá uma feira, com 80 bancas, representando os seis biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. A iniciativa é da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), que visa incentivar a comercialização dos produtos agroecológicos brasileiros, bem como, as técnicas sustentáveis de produção. 

Serão expostos produtos diversos, artesanatos e mudas, tanto de árvores como de hortaliças. Doces, salgados e vários frutos nativos de cada região estarão disponíveis. Um restaurante será montado na praça de alimentação do local, com refeições 100% orgânicas e agroecológicas. E mais 16 quitandas, que também ficarão na praça de alimentação. E na ala sul do espaço, haverá apresentações culturais, das 12h às 13h, e das 18h às 22h.

Mais informações acesse: http://agroecologia2017.com/.

 Blog rafaelrag com FEBRAPDP

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