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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cientistas encontram indícios de vida extraterrestre em cometa

Dados fornecidos pelo robô Philae demonstram condições favoráveis para existência de micróbios no astro
Os cientistas podem estar mais perto do que se imagina de descobrir vida extraterrestre. De acordo com pesquisadores envolvidos na missão do robô Philae, que pousou no cometa Chury em novembro do ano passado, características do astro sugerem a existência de micro-organismos vivendo abaixo de sua superfície.
A crosta negra, rica em material orgânico, e lagos gelados encontrados pelo robô Philae seriam possíveis devido à presença de micróbios. Além disso, a nave espacial Rosetta, que orbita em torno do astro, teria encontrado aglomerados estranhos de material orgânico que se assemelham a partículas virais.
Os dados indicam que organismos que contém sais anticongelamento poderiam estar ativos em temperaturas abaixo de -40 graus, como as que aparecem no cometa. O astro possui áreas congeladas cobertas de material orgânico e os micro-organismos estariam envolvidos na formação dessas estruturas de gelo.
“Cinco séculos atrás era uma luta para que as pessoas aceitassem que a Terra não era o centro do universo. Depois dessa revolução, nosso pensamento manteve a Terra no centro em relação à vida e à biologia. Isso está profundamente enraizado na nossa cultura científica e precisaremos de muitas provas para nos livrar disso”, afirmou o cientista Chandra Wickramasinghe, criticando a resistência das pessoas em aceitar que exista vida fora da terra.
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Segundo os cientistas, as condições encontradas nos cometas podem oferecer o ambiente ideal para a vida de micróbios similares a extremófilos, organismos que sobrevivem em condições geoquímicas extremas na Terra.
Os pesquisadores vão além, afirmam que os cometas podem ter ajudado a espalhar “sementes de vida” pela Terra e até mesmo em outros planetas, como Marte.
“Isso não é facilmente explicado nos termos da química prebiótica. O material negro é constantemente reabastecido como se fosse fervido pelo calor do sol. Algo deve estar fazendo isso em um ritmo bastante produtivo”, afirma o cientista.

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