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sábado, 16 de maio de 2015

ALAGOA GRANDE É A TERRA DA PREGUIÇA-GIGANTE?

Aproximando-se o final do ano passado, o Professor ZÉ AVELAR me revelou que em contato com o pequeno proprietário rural que atende pelo vulgo de “ZÉ CALIXTO”, da localidade “SERRA DO BALDO”, na vizinhança da localidade “PIRUÁ”, obteve daquele agricultor uns resquícios de ossos encontrados quando da escavação de um barreiro de contenção das águas que, ansiosamente, espera enchê-lo das águas das chuvas que espera caírem na região.                                                                            
                        Na descrição da tal escavação, “ZÉ CALIXTO” informou que foi encontrado ossos que, segundo ele, não tinham quaisquer semelhanças com ossos de bois ou de cavalos, pois ele conhecia carcaças desses animais. Ocorre que, embora tivesse ficado curioso com o formato dos ossos descobertos, mas quando os retirava da terra batia com eles no cabo da enxada para limpá-los dos bolos de terra que lhes vinham aderidos, quebrando-os, consequentemente. Pena que isso da quebra dos ossos foi acontecer!
                        Na continuação da escavação, disse “ZÉ CALIXTO”, encontrei um osso tão grande e grosso, que em nada se parecia com o osso da coxa dum boi ou dum cavalo, mas meu sobrinho acha que aquele era um osso dum hipopota (leia-se “hipopótamo”). Eu, disse “ZÉ CALIXTO”, enterrei esse osso e outros mais, além de ter enterrado uma peça estranha que acho que foi da Segunda Guerra, que pode explodir!
                        Após o Professor ZÉ AVELAR me ter mostrado os pedaços de ossos que foram dados, achei-os parecidos com  partes de dentes gigantes, mas não sendo eles inteiros continuo suspeito para dizer do que realmente se trata, daí por que decidimos consultar o nosso amigo arqueólolgo/paleontólogo PAULO ALMEIDA, professor da UFPB – Universidade Federal da Paraíba, este que sem adiantar resultado, acha que pode se tratar de ossos fossilizados duma preguiça-gigante, espécime animal que tinha como ancestral o MEGATÉRIO (Megaterium americanum).
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                        Esses animais pré-históricos, ancestrais da preguiça-gigante, alguns com até mais de seis metros de altura, pesavam várias toneladas, e viveram há mais de 1,5 milhão e meio de anos no Continente Americano, durante o Período Plestoceno, e alimentavam-se exclusivamente de vegetais. O Professor PAULO ALMEIDA, arrematou: (...) As preguiças gigantes, como os seus ancestrais, por serem muito pesados, se atolavam quando iam beber água em algum barreiro, ou ali caindo, se atolavam não mais conseguindo sair, morrendo por exaustão, donde é razoável concluir que é este um dos porquês de seus ossos fossilizados serem encontrados tão próximos da superfície do solo, em algumas regiões.
                        O Professor PAULO ALMEIDA recomendou ao Professor ZÉ AVELAR ir consultar algum especialista do MUSEU DO MASTODONTE, na cidade de Campina Grande-PB. Aí foi quando me auto convidei para ir também àquele museu. Porém a tal consulta e visita, respectivamente, não aconteceram, ainda. É também uma pena, pois se a História não dá saltos na escala temporal, mas, precisa de registros para que as gerações porvindouras não percam as informações do seu habitat deixadas por seus ancestrais (nós, no amanhã deles).    
                        Depois da coleta de tais informações, decidi, sem procuração de quem quer que seja, visitar “Seu” ZÉ CALIXTO, na sua residência nesta cidade, na RUA JORGE MARQUES BEZERRA, 101, no Conjunto Residencial AGUINALDO VELOSO BORGES. Ali, fui recebido muito bem, e me foi dito que se me dispusesse a fazer qualquer pergunta sobre aquele assunto “dos ossos” do bicho – Megatério, preguiça-gigante, ou o “diabo-a-sete” –, ele, “Seu” ZÉ CALIXTO, estaria pronto pra responder, e acrescentou que está pronto pra receber pessoas de letra (estudioso, pesquisador) que queiram ir ao seu sítio!


Blog rafaelrag com Toinho Cruz do portal Paó

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