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segunda-feira, 16 de março de 2015

Estudo identifica atividade hidrotermal em lua de Saturno


Encélado, uma das 60 luas de Saturno, apresenta atividade hidrotermal, a primeira a ser descoberta fora da Terra, segundo um grupo de pesquisadores que formularam a teoria com a análise de pequenos destroços de rocha lançados ao espaço pelos gêiseres.

A descoberta acrescenta a "atrativa" possibilidade que Encélado, onde também há uma grande atividade geológica, "possa conter um ambiente adequado para organismos vivos", segundo um artigo publicado nesta quarta-feira pela revista "Nature".
Já se suspeitava que abaixo da superfície gelada de Encélado havia profundos oceanos, mas o novo estudo identificou agentes químicos em um dos anéis de Saturno, o que indica que no fundo do mar do satélite ocorre uma atividade hidrotérmica de alta temperatura.
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Esses agentes químicos foram identificados pela sonda Cassini, um projeto da Agência Espacial Europeia (ESA), da americana Nasa e da Agência Espacial Italiana, que há uma década viaja entre as luas de Saturno.
Encélado tem uma superfície parecida com uma bola branca de sinuca rachada e com grãos congelados ricos em sal e sódio que saem dessas fendas, vindos de um reservório de água líquida que está ou esteve em contato com a rocha.
"É emocionante que possamos usar esses pequenos grãos de rocha lançados ao espaço por gêiseres para revelar as condições acima e abaixo do leito oceânico de uma pequena lua congelada", afirmou Sean Hsu, do Laboratório para a física espacial e atmosférica do Colorado (EUA) e diretor do estudo.
A equipe de pesquisadores descobriu outros indícios sobre as condições abaixo da superfície dessa lua ao detectar partículas nanométricas ricas em dióxido de silício no anel E de Saturno, que foram lançadas por Encélado.
O tamanho e a composição dessas partículas sugerem, segundo os cientistas, que elas "foram produzidas por reações a altas temperaturas (superiores aos 90 graus celsius) no leito marinho.
O estudo também contou com o trabalho de Frank Postberg, da Universidade Heidelberg da Alemanha, e uma equipe da Universidade de Tóquio para realizar uma série de experimentos que validassem a teoria de que essas pequenas partículas de dióxido de silício foram formadas devido à atividade hidrotermal, como ocorre na terra.
O pequeno tamanho das partículas de dióxido de silício indica, além disso, que puderam viajar "com relativa rapidez" da origem hidrotermal até as bocas dos gêiseres.



Blog rafaelrag com o portal Yahoo

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