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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Sob sol forte, Brasil bate EUA e leva o Mundialito de Basquete 3×3


O termômetro marcava 32º C, mas a sensação térmica se aproximava dos 40º C no Rio de Janeiro. Mas nada disso afastou a torcida e nem desanimou os atletas para a disputa da final do Mundialito de Basquete 3×3, no domingo, 11 de janeiro,  na Lagoa Rodrigo de Freitas. Depois de assistirem à vitória do Brasil Verde sobre a Sérvia na disputa do terceiro lugar, Brasil Amarelo e EUA entraram em quadra para disputarem o título. Muito disputada, a partida só foi decidida nos segundos finais, e os donos da casa levaram a melhor por apenas um ponto: 20 a 19. Na disputa do terceiro lugar, o Brasil Verde não deu chances para os extenuados sérvios por 18 a 12.

Cestinha da decisão e principal responsável pela conquista do Mundialito, Marcellus anotou nove pontos e comandou a vitória brasileira ao lado de Juninho, Jordan e Carlinhos. Os americanos Derek Griffin, Corey Campbell, Gary Sugar e Marcus King-Stockton lutaram até o fim e valorizaram a conquista.

– Ano que vem esse torneio tem que ser à noite (risos). Sabíamos que, como estava quente demais, tínhamos que levar o jogo equilibrado até o final e tentar decidir na última bola. E foi exatamente isso o que aconteceu. O tempo pedido no fim foi benéfico para armarmos uma jogada, que acabou dando certo – explicou o camisa 11 do Brasil.

Habilidoso e especialista no um contra um, o jogador do Vasco aposta no crescimento do basquete 3×3 no Brasil e acredita que suas características se encaixam com a modalidade. Talvez por isso o craque da decisão deste domingo não descarta uma mudança num futuro próximo.

– O 3×3 é muito mais do que um jogo, é um entretenimento e um produto que tem tudo a dar certo. Não é só pelo dinheiro, mas pelo prazer de poder vir aqui e se divertir diante de tanta gente que adora o basquete. A modalidade tem tudo para crescer, pois temos muitos jogadores com características específicas que se encaixam no 3×3. Modéstia à parte eu sou um deles. Sempre gostei de jogar livre e no um contra um. Acho que essa é a maior virtude do meu jogo e com certeza eu penso em me dedicar exclusivamente à modalidade no futuro – afirmou.

Principal ameaça ao jogo de americanos e sérvios, o sol maltratou os brasileiros também. Talvez por isso o americano Derrick Griffin não tenha usado o clima quente do Rio de Janeiro como justificativa para a derrota. Sincero e sereno a caminho do pódio, o ala de 26 anos reconheceu a superioridade dos donos da casa.

– Acho que a sensação térmica de quase 40 graus atrapalhou todo mundo. Talvez um pouco mais a nós e aos sérvios, pelo fato de termos vindo do frio, mas acredito que a competição foi decidida em quadra e o Brasil mereceu o título. Assim como em muitos lugares, acredito que os brasileiros tenham características individuais que encaixam com o 3×3 – disse Griffin.

Quem também sofreu com o calor foi o catarinense Jordan Brüger. Jogador do Joinville, o ala de 2,01m admitiu que chegou a passar mal após a apertada vitória sobre o Brasil Verde, na primeira semifinal, por 13 a 11. A segunda foi vencida pelos americanos sobre

Praticante desde o ano passado, o ala com nome de craque revela que pretende conciliar o basquete de quadra com o 3×3 e mostra um otimismo até certo ponto exagerado ao apostar que a nova modalidade levará o Brasil ao pódio em 2010.

– Meu jogo sempre foi de explosão e de ir para o rebote ofensivo, acho que por isso me encaixei tão bem no 3×3. A modalidade já é uma realidade no Brasil e tenho certeza de estaremos representando nosso país nas Olimpíadas de 2010. Hoje nós mostramos que podemos vencer qualquer adversário. Comecei a praticar no ano passado, me adaptei muito bem às regras e fui campeão mundial universitário no ano passado. Atualmente ainda o basquete de quadra em Joinville, mas temos um projeto lá para montar uma equipe de 3×3 – contou o jogador.

Globoesporte
Blog rafaelrag via Nordeste1

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