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terça-feira, 15 de julho de 2014

Egito propõe plano de cessar-fogo entre Hamas e Israel

Gabinete israelense vai discutir proposta de pôr fim a ataques nesta terça-feira; pouco antes, EUA fizeram primeira advertência pública contra uma invasão por terra à Gaza

 CAIRO e JERUSALÉM — Estados Unidos e Egito elevaram a pressão para um cessar-fogo do conflito entre Israel e o Hamas que já deixou mais de 180 mortos da Faixa de Gaza. O Cairo propôs um plano em que até as 3h de terça-feira (horário de Brasília, 9h em Israel) os dois lados deveriam suspender os ataques. O gabite israelense anunciou que discutirá a proposta do Egito, o que deve ocorrer entre 8h30 em Tel Aviv.

O cessar-fogo teria então 12 horas para ser completamente implementado. Conversas seriam feitas com os dois lados separadamente.
Pouco antes, os Estados Unidos advertiram Israel contra qualquer incursão terrestre na Faixa de Gaza, há duas semanas sob bombardeio israelense e de onde partem vários foguetes disparados pelo grupo Hamas. É a primeira vez que os EUA fazem uma advertência pública contra uma invasão israelense à Gaza.
— Ninguém quer ver uma ofensiva terrestre à Gaza porque isso colocaria mais civis em risco — disse o porta-voz da Caca Branca Josh Earnest.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirma que uma incursão pode ser necessária para enfrentar o Hamas.
Apesar do aviso aos aliados israelenses, a Casa Branca não condenou as mortes de palestinos, dezenas deles crianças. O governo americano mantém que Israel tem o “direito” e a “obrigação” de defender seus cidadãos contra os ataques de mísseis vindos de Gaza.
REUNIÃO DA LIGA ÁRABE
Os EUA também vem pressionando pelo cessar-fogo. Na última sexta-feira, o governo americano reforçou, por meio de seu porta-voz, Josh Earnest, que pode ajudar a alcançar um acordo utilizando a influência que tem na região. O presidente americano, Barack Obama, já havia telefonado para Netanyahu, oferecendo a mediação dos EUA para resolver a crise.
— Estamos interessados em levar adiante os passos que demos há um ano e meio, em novembro de 2012, para proporcionar um cessar-fogo e tentar voltar para a situação anterior — disse o porta-voz da Casa Branca.
Em 2012, as negociações do cessar-fogo foram mediadas com a ajuda do Egito, que na época era governado por Mohamed Mursi, membro da Irmandade Muçulmana, grupo com fortes ligações com o Hamas. A situação agora se inverteu. Mursi foi deposto e Abdel Fattah al-Sisi, um ex-general, preside o país. E a Irmandade passou a ser considerada um grupo terrorista.
A proposta de cessar-fogo do Egito ocorre pouco antes do início de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe, convocada em caráter de urgência para discutir a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

Blog rafaelrag com o portal Globo

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