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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Modelo diz que que há mais políticos sendo investigados pela Polícia Federal

Ou dá ou desce!
Há mais políticos investigados, diz modelo

Luciane Hoepers afirma que era apenas 'captadora de clientes' e nega irregularidades com fundos de previdência

Esquema de desvio de fundos de previdência foi desbaratado pela Polícia Federal na Operação Miqueias

MATHEUS LEITÃO
Folha de São Paulo


Luciane Hoepers, a "pastinha" mais famosa da quadrilha acusada de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos  pensão municipais, nega irregularidades no trabalho que ela e suas colegas faziam e afirma que há mais políticos sendo investigados pela Polícia Federal.

"Existem muitos políticos investigados. Com o tempo, se tiver que ter esclarecimentos, vou fazer, e os envolvidos vão fazer. Não há necessidade de citar agora", diz a loira de 33 anos, olhos verdes e 1,75 m de altura, à Folha.

Luciane não gosta de ser chamada de pastinha, como foram classificadas pela PF as meninas que procuravam prefeitos e gestores de fundos de previdência municipais, levando em pastas propostas de aplicações arriscadas e de rendimento duvidoso.


Ela se define como uma "captadora de clientes", que oferecia propostas de melhoria da administração dos recursos previdenciários: "Tudo foi feito na legalidade. O trabalho era correto, lícito, de instruir para que eles [prefeitos] tivessem melhor rentabilidade e diversificação nos fundos de previdência".

O esquema foi desbaratado há duas semanas, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Miqueias. Segundo a PF, o esquema tinha influência no mundo político e era comandado por um doleiro e um policial aposentado.

Se os negócios oferecidos pelas pastinhas fossem fechados, cada uma ganhava uma porcentagem sobre o valor do contrato: "Quando fechava um [negócio] se ganhava uma corretagem sim, admito. De forma idônea".

Luciane afirma que é credenciada pela CVM (órgão que fiscaliza o mercado financeiro) e formada em administração. Natural de Joinville (SC), ela diz que foi para Brasília reconstruir a vida depois de uma separação traumática do casamento.


Investigadores creem que algumas das mulheres envolvidas no esquema eram prostitutas. Luciane nega: "Qual o problema com uma mulher bonita [trabalhar] no mercado financeiro? Não é por [ser bonita] que precisa dar".

Segundo ela, a operação da PF foi um "circo". Luciane ficou presa por cinco dias, três deles no presídio feminino do Distrito Federal: "Foi um trauma. É um canil aquilo".

blog rafaelrag com Dirceu Galvão

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