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terça-feira, 13 de agosto de 2013

FEIRA DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E ARTESANAIS E ATO PÚBLICO ENCERRARAM A PROGRAMAÇÃO DO EVENTO "MARGARIDA, 30 ANOS DE IMPUNIDADE, LUTAS E CONQUISTAS

Professor Rafael como o filho Renan e Bibiu com sua filha Mariane, na feira.
Juiz Dr. Antônio com sua esposa Maria José de Alagoa Grande e sua irmã. A prima Maria José é enfermeira, graduada  pela UEPB,  está trabalhando em Brasília-DF.

Blog rafaelrag com o blog do Rildo. Ontem, em Alagoa Grande, segunda-feira, 12 de agosto, aconteceu uma feira de produtos agrícolas e artesanais, em frente a igreja Matriz, Nossa Senhora da Boa Viagem. Participaram feirantes de diversas cidades paraibanas. compramos acelora do dia, vindo de Sapé-PB. Teve também a Mostra Cultural, o encerramento do encontro das mulheres camponesas e um ato público, registrando os 30 anos de impunidade do assassinato brutal de Margarida Maria Alves.
  
Arimateia, filho de Margarida no ato público.
 

A frase célebre da lutadora que se tornou símbolo na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais no Brasil foi "Morro na luta, mas da luta eu não fujo”. Há 30 anos, a sindicalista Margarida Alves foi assassinada em Alagoa Grande. Para marcar a data, entidades de defesa dos Direitos Humanos, sindicatos e associações de Alagoa Grande, na região do Brejo paraibano, realizaram ontem, segunda-feira (12) um ato público para lembrar os 30 anos do assassinato da líder sindical que foi morta na frente de sua casa em 12 de agosto de 1983 com um tiro de escopeta calibre 12 no rosto, disparado por um pistoleiro. Na hora do crime ela estava acompanhada do esposo e do seu filho pequeno.

Batizada de “Margarida, 30 anos de impunidade, lutas e conquistas”, a atividade começou no último dia 5 como forma de relembrar os 30 anos da morte de Margarida Maria Alves e terminou ontem (12).

O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), que também esteve a frente dos encontros de Mulheres dirigentes camponesas e da Juventude Camponesa. Durante a programação em memória de Margarida Maria Alves aonteceram palestras, mostra cultural, feiras e debates. 

O ato contou com a participação do prefeito do município Bôda, do vice-prefeito e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rural Beto do Sindicato, Arimateia filho de Margarida Maria Alves, entre outra autoridades ligadas ao movimento do campo. Durante o ato houve várias apresentações de artista, entre eles o cantor Vital Farias. Se apresentaram também o cantor Josan, as Cirandeiras de Caiana dos Crioulos e a Banda de Música da Polícia Militar.
Várias caravanas vindas de outros municípios se fizeram presente apoiando o movimento. Durante o dia também houve uma feira de produtos vindo dos assentamentos.
Histórico de Margarida Maria Alves: 
Margarida foi morta na porta de sua casa em 12 de agosto de 1983 com um tiro de espingarda calibre 12 no rosto, como foi narrado à época pelo seu marido que estava em casa com um filho do casal.
Margarida Maria Alves foi a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, e durante 12 anos na presidência da entidade, Margarida lutou para que os trabalhadores do campo tivessem seus direitos respeitados, como carteira de trabalho assinada, férias trabalhistas, 13º salário e jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Seu assassinato foi por causa das denúncias de exploração e desrespeito aos direitos dos trabalhadores nas usinas da região, feitas por ela.Sua morte foi encomendada por fazendeiros.
Em seu discurso na comemoração do Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 1983, Margarida Maria Alves denunciou que vinha recebendo ameaças de morte e disse sua frase mais famosa: ‘É melhor morrer na luta do que morrer de fome’. No dia seguinte, ela foi assassinada, mas deixou um importante legado que resultou em uma série de conquistas para os trabalhadores do campo.











































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