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domingo, 7 de julho de 2013

Escolas públicas uruguaias têm um computador para cada aluno

A ideia é fazer com que o computador deixe de ser um privilégio para se tornar um direito. Todas as crianças maiores de 6 anos, quando ingressam nas escolas públicas uruguaias ganham um computador.

Jaleco branco. Laço azul no pescoço. Valentino, de 10 anos, é uma das quase 300 mil crianças que usam o mesmo uniforme do tempo de seus pais. A diferença entre as gerações é que agora os alunos descobrem o mundo em segundos, pela internet.
A ideia é fazer com que o computador deixe de ser um privilégio para se tornar um direito. Todas as crianças maiores de 6 anos, quando ingressam nas escolas públicas uruguaias ganham um computador e acesso grátis à internet.
Além de pesquisa, o computador é usado para leitura, lições de casa e, claro, nas horas de folga eles aproveitam para jogar.
“Isso é um elemento que lhes permite descobrir um mundo desconhecido e também lhes permite aprender. O professor tem que acompanhar essa mudança e as crianças, às vezes, nos ajudam muito mais rápido na aprendizagem”, afirma Naudelina Sineiro, diretora da escola.

O projeto começou há seis anos. Além dos computadores é oferecida manutenção.
As crianças não precisam andar mais que 300 metros para acessar a rede. Aliás, todas as praças, parques e prédios públicos tem internet livre e de qualidade. Um serviço que é oferecido de graça também pelo comércio.
A aula acabo e a família se reúne na praça e as crianças, ao invés de estar correndo por aí, estão no computador.
“Valentino dá pra conectar a internet aqui na praça?”, pergunta a repórter.
“Sim dá. É uma ferramenta fácil de utilizar. Me permite navegar pela internet, buscar coisas úteis e programas”, explica Valentino Zeballos.
Os computadores fazem parte dos planos para capacitar quem começa a vida no Uruguai.
No tempo de Luis Ruiz não existia essa facilidade. Ele já está aposentado, mas também faz parte de um plano. E voltou ao trabalho. Desta vez para ensinar, na prática, tudo o que sabe sobre construção civil.
“Sou jovem ainda penso, com 64 anos e quero fazer algo. E o que melhor que ensinar o que sei para capacitar a gente que entra no ramo pela primeira vez?”, diz Luis Ruiz, aposentado.
Os aposentados uruguaios ganham em torno de 15 mil pesos mensais, pouco mais de R$ 1,6 mil. Quando voltam ao trabalho, nesse projeto do governo de compartilhar experiências, quase dobram a renda: recebem 12 mil pesos por 20 horas semanais.
“Era um desperdício ter gente com experiência, os mestres de obras aposentados em suas casas, sentados, tomando mate, quando poderiam estar dividindo o seu conhecimento com outras pessoas”, conta Santiago Horjales, arquiteto.
Por enquanto, são apenas aposentados da construção civil, mas a ideia é chamar mestres de outros setores.

Blog rafaelrag com G1

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