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domingo, 14 de abril de 2013

Escolas da rede estadual estão sem professores

Adendo do blog rafaelrag. Escolas da rede estadual de Alagoa Grande estão também sem professores de Física e de outras disciplinas.

sala_de_aula_vazia Há mais de 40 dias do início do ano letivo na rede estadual de ensino na Paraíba, estudantes de algumas escolas da rede estadual de municípios como João Pessoa e Campina Grande, estão sem assistir aulas de várias disciplinas, principalmente de Matemática, Física e Química, que compõem as Ciências Exatas. O motivo é a falta de professores para lecionar as matérias. Denúncias foram feitas junto ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB) e partem principalmente de professores classificados no último concurso público, realizado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE), mas que não foram convocados.

O Sintep-PB ainda não contabilizou o número de denúncias recebidas, mas segundo o diretor administrativo do sindicato, Antônio Arruda das Neves, as reclamações chegam diariamente e correspondem a várias unidades estudantis, como a Escola Estadual Professora Úrsula Lianza (Epul), localizada no bairro Tambiá, em João Pessoa. A estimativa do sindicato é que o problema afeta 40%, do total de 837 escolas estaduais.
A estudante Maria Isabela, 17 anos, que está matriculada no 1º ano, da Epul, disse que a sua turma está com quatro horários de aula vagos por semana, pois faltam professores das disciplinas de Química e também Português. “Estamos todos preocupados porque esses três últimos anos são importantíssimos para nós que estamos nos preparando para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e vestibular. Desde o começo do ano estamos sem professor nessas matérias e até agora nada foi feito”, relatou insatisfeita a estudante que já está decidida a cursar Direito, futuramente.
Conforme o diretor administrativo do Sintep-PB, o problema acarreta grandes prejuízos para os alunos. “Esses alunos ficam em desvantagem para concorrer com aqueles da rede privada de ensino em concursos vestibulares, por exemplo, sem contar para a própria formação educacional desses estudantes”, avaliou.

De acordo com Antônio Arruda, professores concursados que ainda não foram nomeados devido à classificação, denunciam o descaso da falta de professores e ocupação de vaga nas escolas por professores pro tempore. “Eles alegam que enquanto aguardam ser chamados, existem professores temporários, sem habilitação para a área, tomando a vaga de concursado. Além disso, temos informações que nem pro tempore estão dando aula em determinadas disciplinas.
Resumindo, tem professor habilitado para dar aula, mas faltam ser nomeados pela Secretaria de Educação”, disse.
Ainda segundo Antônio Arruda, o sindicato recebeu ainda casos referentes à ordem de chamada para convocar os classificados no concurso. Neste caso, o diretor orienta os candidatos a recorrerem ao Ministério Público. O diretor questiona ainda a postura da Secretaria de Educação perante as denúncias do sindicato.
“A secretaria disse ainda que as denúncias repassadas pelo sindicato se caracterizavam como falta de preparo da nossa parte, onde não fazemos jus à categoria que representamos. Isso é uma afronta para a educação”, completou.
Em Campina Grande, o problema se repete e a coordenação regional do Sintep-PB já verificou a falta de professores para lecionar a disciplina de Biologia aos estudantes do ensino médio. A coordenadora regional do sindicato, Edna Serafim, lembra que os alunos da Escola Estadual Álvaro Gaudência, localizada no bairro das Malvinas, ficaram sem professor de Física durante quase seis meses no ano passado. Segundo Edna, as 462 vagas destinadas a Campina Grande, no último concurso para professor do Estado, foram insuficientes para suprir a demanda do município, que mantém 53 escolas da rede.
“Em Campina Grande sempre houve falta de professores, e as vagas oferecidas não consideraram a realidade das escolas estaduais”, critica Edna Serafim. (Colaborou Katiana Ramos)
 
jornaldaparaiba
Blog rafaelrag/focando a notícia

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