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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Romaria da Penha chega ao fim com celebração de missa campal na PB. Arcebispo da Paraíba falou de violência, seca e saúde pública aos fiéis.

Ao chegar ao santuário da Penha, uma multidão assistiu à missa campal, celebrada pelo arcebispo da Paraíba Dom Aldo Pagotto (Foto: Jorge Machado/G1)Ao chegar ao santuário da Penha, uma multidão assistiu à missa campal, celebrada pelo arcebispo da Paraíba Dom Aldo Pagotto (Foto: Jorge Machado/G1)
A Romaria da Penha terminou nas primeiras horas de ontem, domingo (25) com uma missa campal, celebrada pelo arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto. A previsão de chegada dos romeiros ao Santuário da Penha era por volta das 5h. Mas, às 3h, uma multidão já ocupava as ruas estreitas da praia da Penha rumo ao Santuário. Logo no início da celebração, Dom Aldo falou de três temas: violência, seca na região Nordeste, em especial na Paraíba, e a situação da saúde pública, tema da Campanha da Fraternidade deste ano.
O arcebispo da Paraíba abordou violência, seca e saúde pública durante missa campal (Foto: Jorge Machado/G1)O arcebispo da Paraíba abordou violência, seca e
saúde pública durante missa campal
(Foto: Jorge Machado/G1)
Com relação à violência, Dom Aldo disse que é preciso que a sociedade promova uma superação. Quanto à seca que atinge os estados da região Nordeste, o arcebispo pediu a intercessão de Deus. “Que Deus mande chuva. Na quase totalidade das cidades paraibanas há plantação perdida, criação perdida. Está tudo dizimado”, afirmou.
Quando o assunto foi saúde pública, Dom Aldo elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS), mas com uma ressalva. “Não se suporta mais que vidas sejam ceifadas por conta de uma saúde precária. Temos um sistema interessante – o SUS - , mas temos muito que otimizá-lo".
Muitos romeiros não resistiram ao cansaço e acabaram dormindo durante a missa campal (Foto: Jorge Machado/G1)Muitos romeiros não resistiram ao cansaço e
acabaram dormindo durante a missa campal
(Foto: Jorge Machado/G1)
Uma multidão de mais de 300 mil devotos de Nossa Senhora da Penha ocupou todo o espaço. Os primeiros raios de sol já iluminavam os fiéis quando a missa campal acabou. Muitos deles não resistiram ao cansaço e acabaram dormindo, no chão ou dentro da pequena igreja do Santuário.
A aposentada Creuza Rodrigues veio do bairro do Cristo, em João Pessoa. “Como eu estou muito cansada para fazer todo esse percurso, vim cedo, arranjei um lugar para dormir com os netos dentro da igreja e agora vou assistir as homenagens a essa santa divina”, explicou.
O pescador Cícero Alves tem 98 anos. Ele disse que desde criança acompanha a Romaria. “Acompanhar não é bem o termo, porque eu já moro aqui. Mesmo assim, a minha homenagem vale, pois eu tenho uma fé em Nossa Senhora da Penha que faz gosto”, ressaltou.
Na escadaria, que tem aproximadamente 70 degraus, não foi difícil encontrar devotos subindo de joelhos para pagar promessa.
Depois de ter recuperado uma amizade perdida, devoto paga promessa subindo escadaria de joelhos (Foto: Jorge Machado/G1)Depois de ter recuperado amizade, devoto paga
promessa subindo escadaria de joelhos
(Foto: Jorge Machado/G1)
Antônio Geraldo, de 18 anos, prometeu à Nossa Senhora da Penha subir a escada de joelhos caso recuperasse uma amizade. Como alcançou a graça, cumpriu o prometido. “Essa pessoa voltou a ficar minha amiga como se nunca tivesse acontecido nenhum desentendimento entre mim e ela. Por isso, está sendo difícil, mas bastante gratificante o sacrifício”.
Enquanto muitos pagavam promessas, ou pegavam o ônibus de volta para casa, outros não perderam tempo e caíram no mar da praia da Penha, cercado por um cenário paradisíaco. “É mais um encontro com Deus você cair em um mar desses”, finalizou o estudante de Patos, Sertão da Paraíba, Douglas da Silva.
 
G1 PB
Blog rafaelrag

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