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sábado, 24 de novembro de 2012

Museu da UEPB vira palco para dança de Dom José Maria Pires com quilombolas

Adendo do blog rafaelrag. Neste domingo, 25, será comemorado o dia da  consciencia negra, no Grupo Escolar Firmo Santino, da comunidade de Caiana dos Crioulos de Alagoa Grande.  O professor Rafael participará deste último evento desta comunidade quilombola na administração do prefeito Bosco Júnior. A diretora da escola desta comunidade, Lúcia Júlio,  Bibiu e sua esposa Irnar, secretária de cultura do município estarão presentes também.
Imagine um bispo da igreja católica dançando ciranda com um grupo de cirandeiras remanescentes de um dos quilombos da Paraíba. A apresentação, realizada de forma surpreendente pelo arcebispo Emérito da Paraíba Dom José Maria Pires e um grupo de Ciranda do Quilombo Caiana dos Crioulos, aconteceu no último dia 20 de novembro, no Museu Assis Chateaubriand (MAC) da Universidade Estadual da Paraíba (MAC), onde está sendo realizada a exposição “Quilombos da Paraíba – a realidade de hoje e os desafios para o futuro”, com fotografias do fotógrafo italiano Alberto Banal e dos 52 alunos quilombolas do projeto “Fotógrafos de Rua”.
O movimento fez parte das comemorações alusivas ao Dia da Consciência Negra e foi incentivado pela Associação de Apoio às Comunidades Afrodescendentes – AACADE, a Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas – CECNEQ, bem como pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEAB-Í).
Cirandeiras do Grilo e da Caiana dos Crioulos, além de outros membros das comunidades Matão, Grilo, Pedra d’Água, Senhor do Bonfim, Negros das Barreiras e Os Rufinos, fizeram uma apresentação cultural e, para surpresa de todos, Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba, se envolveu com o ritmo dos quilombolas e não se conteve em ser apenas um espectador de tão bela manifestação afro-brasileira.

O Quilombo

Reconhecida como um dos 13 legítimos quilombos brasileiros, a comunidade Quilombola de Caiana dos Crioulos ainda preserva a cultura dos antepassados através do canto e da dança. A capoeira e a música, que na época da escravidão embalavam os negros nas senzalas, fazem parte da vida da comunidade.
A tradição na comunidade é tão forte que os grupos, incentivados pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEAB-Í) da Universidade Estadual da Paraíba, já saíram do antigo quilombo para se apresentar em várias cidades. Para não deixar morrer a tradição, foi criado o grupo de ciranda mirim.
Caiana dos Crioulos é uma comunidade remanescente de quilombo que fica numa serra do município de Alagoa Grande. Os instrumentos que acompanham o coco-de-roda e a ciranda, em Caiana são o bumbo, o triângulo e o ganzá, geralmente tocado por jovens da comunidade, filhos das cantadeiras-dançadeiras. O NEAB-Í da UEPB tem realizado um trabalho junto ao Quilombo e incentivado a preservação da cultura local.
SECOM/UEPB
Blog rafalerag

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