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sábado, 4 de agosto de 2012

Presidente da CPI do Cachoeira,Vital Filho defende que PMDB entregue cargos do governo Dilma


O senador paraibano Vital do Rêgo Filho  (PMDB) defendeu que o seu partido entregue todos os cargos do governo Dilma Rousseff. Ele foi direto quando perguntado se o PMDB está bem contemplado no Governo Federal: “Não!”. Presidente da CPI do Cachoeira, Vital Filho disse, em João Pessoa (PB), que os peemedebistas devem se preocupar com “o exercício da governança” e não com a “ocupação numérica de espaços”.
Vital ressaltou que a relação do PMDB com o governo Dilma é muito boa. “O Governo não tem falhado com o partido. O PMDB é que está mudando e penso como maioria do partido. O PMDB está saindo do critério de ocupar espaços apenas por ocupa-los. Por isso é que eu respondo de forma seca. As novas lideranças do PMDB estão levando adiante a saída da relação do governo por mais ocupação de espaços”, observa.
Segundo o senador paraibano, o PMDB está na base aliada da presidente Dilma “no exercício da governança”, mas não está preocupado com a obtenção de cargos. “Não deve se preocupar com espaços no governo. Eu mesmo defendo que o PMDB não tenha cargos no governo, para que  fique com total liberdade de agir no Congresso Nacional, embora me mantenha absolutamente fiel ao apoio da governança da gestão Dilma Rousseff”, assevera.
Mesmo com a defesa da entrega dos cargos ao governo, o senador entende que a legenda “não partiria para uma posição independente” nas votações do Congresso Nacional. “Sou aliado de primeira hora. Nós estamos aliados, somos aliados. Passamos dois anos com Lula sem precisar cargos, sem precisar ter ministérios. Ficamos fortalecidos no governo Lula. O governo da presidente Dilma apresenta um projeto próprio e nós estamos com ele. Podemos nos adequar a esse projeto sem necessariamente depender de cargos”, argumenta.
Vital Filho acredita que o PMDB não abrirá mão da presidência da Câmara Federal, hoje comandada pelo PT na pessoa do deputado Marcos Maia(PT-RS). Confia também que continuará no comando do Senado Federal. “Somos o maior partido do Brasil. Podemos governar com a presidente sem precisar de cargos”, lembra. “Na Câmara Federal, o nosso candidato será Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). É revezamento interno, porque admitimos compor com o PT. Na próxima, vamos votar em nosso líder”, avisa.
Como presidente da CPI do Cachoeira, Vital Filho se enxerga com chances de disputar a sucessão de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado Federal. Para que isso aconteça, Renan Calheiros teria que renunciar sua pretensão. “Ainda não sou o nome mais forte. Posso disputar, mas defendo o nome de Renan Calheiros (PMDB-AL). Se ele, por um motivo ou outro, não puder, eu apresento o meu nome. Como primeiro vice-líder, recebi de Renan duas missões quando cheguei no Senado. Sou muito leal ao partido. Quem me conhece sabe como atuei a vida inteira”, diz.
As duas missões a que o senador paraibano se refere seriam ocupar a vice-liderança do PMDB e exercer a presidência da Comissão de Orçamento. “Se, na condição de líder, ele [Renan] for o candidato eu me aquieto. Se não for, coloco meu nome à disposição do partido. O certo é que o PMDB terá um candidato a presidente do Senado. Temos uma bancada com 27 senadores, que é a maior da Casa”, pontua.
Vital tem a convicção de que sua atuação como presidente da CPI do Cachoeira pode ser determinante para uma candidatura a presidente do Senado. “Só o tempo, só o exercício dessa atuação, só a confiança que eu tenho nos meus colegas de bancada e do plenário, é que me dão essa certeza. Eu não tenho essa ansiedade agora. Acho que os passos que eu estou construindo, com ajuda de Deus, estão sendo muito maiores do que eu esperava. Se sobrar, ótimo”, comenta.
Por Hermes de Luna
portalcorreio

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