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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Por que os(as) professores(as) das Instituições Federais estão em greve?

 À Sociedade Brasileira

A defesa do ensino público, gratuito e de qualidade é parte essencial da história do
Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), assim como a
exigência da população brasileira, que clama por serviços públicos, com qualidade,
que atendam às suas necessidades de saúde, educação, segurança, transporte, entre
outros direitos sociais básicos.
Os(as) professores(as) federais estão em greve em defesa da Universidade Públi ca,
Gratuita e de Qualidade e de uma carreira digna, que reconheça o importante papel
que os docentes têm na vida da população brasileira.
O governo vem usando seguidamente o discurso da crise financeira internacion al como
justificativa para cortes de verbas nas áreas sociais e para rejeitar todas as
demandas feitas pelos servidores públicos federais por melhores condições de
trabalho, remuneração e, consequentemente, qualidade no serviço público.
A situação provocada pela priorização de investimentos do Estado no setor em
presarial e financeiro causa impacto no serviço público, afetando diretamente a
população que dele se beneficia.
 
 Pela reestruturação da carreira 
 
Há anos os(as) professores(as) vêm lutando pela reestruturação do Plano de Carreira
da categoria, por acreditarem que essa reivindicação valoriza a ativi­dade docente
e, dessa forma, motiva a entrada e permanência dos profissionais nas instituições
federais de ensino. No ano passado, o ANDES-SN assinou um acordo emergencial com o
governo, que previa, como um dos principais pontos, a reestruturação da carreira até
31 de março de 2012. Já estamos na segunda quinzena de maio e nada aconteceu em
relação a essa reestruturação.
Para reestruturação da carreira atual, desatualizada e desvirtuada conceitual mente
pelos sucessivos governos, o ANDES-SN propõe uma carreira com 13 níveis, variação
remuneratória de 5% entre níveis, a partir do piso para regime de trabalho de 20
horas, correspondente ao salário mínimo do DIEESE (atual­mente calculado em
R$2.329,35) A valorização dos diferentes regimes de tra balho e da titulação devem
ser parte integrante de salários e não dispersos em forma de gratificações.
Pela melhoria das condições de trabalho nas Instituições Federais
O começo do ano de 2012 evidenciou a precariedade de várias instituições. Di versos
cursos em Instituições Federais de Ensino – IFE tiveram seu início sus penso ou
atrasado devido à precariedade das Instituições.
O quadro é muito diferente do que o governo noticia. Existem instituições sem
professores, sem laboratórios, sem salas de aula, sem refeitórios ou restaurantes
universitários, até sem bebedouros e papel higiênico, afetando diretamente a
qualidade do ensino.
Ninguém deveria ser submetido a trabalhar, a ensinar ou a aprender num ambiente
assim. Sofrem professores, estudantes e técnicos administrativos das Instituições
Federais de Ensino. E num olhar mais amplo, sofre todo o povo brasileiro, que
utilizará dos serviços de profissionais formados em situações precárias e que, se
ainda não têm, pode vir a ter seus filhos estudando nessas condições.
Por isso convidamos todos a se juntarem à nossa luta. Essa batalha não é só dos(as)
professores(as), mas de todos aqueles que desejam um país digno e uma educação
pública, gratuita e de qualidade.
Para saber mais sobre a greve e as negociações com o governo acesse:


A Educação pública, gratuita e de qualidade é um direito de todos e um dever do governo brasileiro.
 
Professor Lauro Xavier (UFCG-campus Cuité-PB)
 
*ASSEMBLEIA GERAL DE GREVE

24 de Maio (Quinta-feira)
Horário: 9h30
Local: Auditório do Centro de Extensão
José Farias Nóbrega

Pauta:
1) Informes
2) Avaliação da greve nacional dos docentes das
Instituições Federais de Ensino Superior (IFES)
3)Construção da Pauta Local da Greve
4)Encaminhamentos*
**
*COMANDO DE GREVE DEFINE ATIVIDADES PARA HOJE (24/05).*

O Comando Local de Greve da UFCG definiu as várias atividades que realizará
no dia de hoje (24/05). A primeira será a participação no programa Jornal
da Cariri, na emissora de mesmo nome, a partir 7h30, do presidente da
ADUFCG e integrante do Comando, Gonzalo Rojas, como o objetivo de falar
sobre a greve dos professores da UFCG.

Às 8h, os integrantes do Comando se concentrarão no portão principal do
Campus para a realização de uma panfletagem com carro de som, convocando os
docentes para a assembleia geral de greve.

No Centro de Extensão José Farias Nóbrega, a partir das 9h30, acontecerá a
primeira Assembleia Geral de Greve da categoria. Na pauta estão os
seguintes itens: 1) informes. 2) avaliação da greve nacional dos docentes
das instituições de ensino superior (IFES). 3) construção da pauta local e
4) encaminhamentos.

A programação prosseguirá às 14h, com a exibição, na Sala da Pós-Graduação
de Ciências Sociais, no Bloco BZ, do documentário  "Fragmentos", sobre
fragmentos das experiências vividas por trabalhadores e trabalhadoras
rurais nos canaviais e laranjais paulistas. Trata-se de um vídeo coordenado
pela professora Maria Aparecida de Moraes Silva.

Já às 18h, no Auditório da ADUFCG, o Grupo Práxis, realizará sua
primeira atividade
na greve dos docentes da UFCG. Será a exibição do Filme “Pão e Rosas”, do
cineasta Ken Loach, que tem a duração 106 minutos.

O filme conta a história de Maya e Rosa. Duas irmãs mexicanas que vivem em
Los Angeles, onde trabalham como empregadas de limpeza num prédio
comercial. Sam é um activista pelos direitos dos trabalhadoras/es. As suas
vidas se cruzam, e juntas lutam contra a exploração laboral das imigrantes,
o que acaba pondo em risco o emprego, a família e até mesmo o direito de
permanência das moças em território estado-unidense. O título do filme faz
alusão à marcha de cerca de 15 mil mulheres pelas ruas de Nova Iorque, em
1908, sob o slogan "Pão e Rosas": reclamavam uma diminuição dos horários de
trabalho, melhores salários e direito de voto.

* * 
 
Blog rafaelrag
Ciências e educação 

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