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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

PONTO DE VISTA: Eleições 2012 em João Pessoa

Júnior Galvício
Por: Júnior Galvíncio

(DEIXEM O MAGO TRABALHAR) Quem acompanhou a trajetória política do governador Ricardo Coutinho, sabe que ele joga todas as fichas de uma eleição nos ideais e conquistas das gestões socialistas. E mesmo celebrando alianças, ora com os “Targino Maranhão” (João Pessoa 2004/2008), ou com os “Cunha Lima” (no Estado em (2010). Quando eleito, ele nunca permitiu que as suas gestões fossem instrumentalizadas para atender a gula dos fisiologistas, sejam eles conservadores, progressistas, populistas, ou ate mesmo da esquerda burocrata. Um outro traço das suas gestões é que ele é completamente avesso a personalização (a fulanização) criada pelo marketing, tão comum nas administrações tradicionais.

(O CHAPÉU PANAMÁ) O Prefeito Luciano Agra deu provas que é um excelente técnico e gestor. Mas com um perfil político mais intelectual (é arquiteto e prof. Universitário), terminou seduzido para os debates (as teses) que norteiam as oposições. E como se sabe, as candidaturas tradicionais fazem o debate valorizando os sobrenomes e os títulos, onde a ação é resultado de um desejo individual e não de um sonho coletivo. Luciano se deixou fulanizar e Agra se afastou da única coisa que o diferenciava dos demais candidatos. A gestão socialista e seus bons resultados. Em resumo, ele engoliu corda e fez um debate de baixo nível se igualando a Zé Maranhão e a Cícero Lucena. E enquanto via sua gestão socialista, beirando os 70% de aprovação, ele, Zé e Cícero ficavam abraçados na casa dos 20% de aceitação popular. Análise feita. Precipitado ou não, Ricardo Coutinho e o PSB trataram de devolvê-lo à gestão. Foi afastado da sucessão 2012 e pois fim ao vôo do chapéu Panamá, um símbolo que já ganhava simpatia dentro do PSB e em outras legendas aliadas.

(A MILITANTE GIRASSOL) Com a corrida eleitoral já a todo vapor, Ricardo Coutinho e a direção do PSB, tratou de colocar outra locomotiva nos trilhos de 2012. E colocaram na linha a pré-candidatura de Estelizabel. Uma militante que é apenas conhecida pelos movimentos sociais de João Pessoa, mas que traz no DNA os ideais de Ricardo e do PSB. Ela será a candidatura da gestão e vai para o embate eleitoral defender os bons resultados alcançados, como a continuidade do projeto socialista na capital. E seu maior compromisso é não se afastar dos projetos idealizados pelo “Coletivo girassol”.
(O BOLCHEVIQUE) Tudo estaria resolvido se não tivesse aparecido na linha o Camarada que atende pelo nome de Nonato Bandeira e o seu PPS. O principal assessor do Governador Ricardo, se articulou ao bom e velho estilo PCB (Conforme perfil publicado, Nonato quando líder estudantil na década de 80 foi ligado ao antigo Partido Comunista Brasileiro e que responde hoje pela sigla do PPS). E ele tratou de sua pré-candidatura com extrema competência. Primeiro semeou a idéia de vários candidatos na base aliada e depois tratou de unificá-las em torno de um nome: O seu! E, com a autoridade de quem participou ativamente da gestão Ricardo, na prefeitura de João Pessoa, se apresenta como candidato legitimo. Afinal, a gestão socialista de João Pessoa também tem o seu DNA.

(PAUSA NO FOLHETIM) É bom darmos um tempo, ate mesmo por não sabermos como será o fim dessa novela. Mas ficam as primeiras impressões: O governador Ricardo Coutinho, entre a renúncia de Agra e os lançamentos das pré-candidaturas de Estelizabel (PSB) e Nonato Bandeira (PPS), conseguiu monopolizar o debate na mídia do Estado, principalmente a de João Pessoa. E seja amanhã Estelizabel, ou Nonato Bandeira o candidato oficial, eles já não serão mais nomes desconhecidos da grande maioria dos eleitores pessoenses.
“O jogo é jogado, o lambari é pescado e o bobo é enganado”.
 
Blogs rafaelrag/Cristiano Alves

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