Martinho Ramalho
Depois da criação e expansão da imprensa no Brasil em 1808, foram surgindo periódicos (jornais e revistas literárias). O primeiro foi a Revista Niterói em 1836, surgida no contexto do romantismo.
No século XIX e no início do século XX na sociedade brasileira, a mulher tinha uma presença muito restrita. De acordo com Burke, “ a contribuição feminina para a cultura, [é] praticamente invisível na grande narrativa ocidental.” Segundo Almeida, as intelectuais, em geral, eram professoras, classe média, solteiras e católicas. Foi neste contexto que surgiram as primeiras publicações femininas, que retratavam um discurso feminino no terreno árido do patriarcalismo.
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As revistas, a exemplo das iniciais Philipeia e O Batel, tinham um caráter efêmero, fugaz, imediato , amadorístico e sem muita preocupação estética.
A primeira revista literária na Paraíba foi a revista Alva: Jornal Literário, editada em 1850. A revista literária O Batel surge no início do século XX, em 1909, pela iniciativa de duas jovens intelectuais sob o pseudônimo de Cordelia Sylvia e Célida Adamantina.
Na sua breve vida literária, da revista O Batel, de Alagoa Grande, sobreviveram apenas quatro edições que restaram, deste fenômeno histórico e literário do início do século XX.
A análise dos resultados da pesquisa constatou e confirmou o ano de sua criação em 1909 e a peculiaridade de O Batel uma revista especializada exclusivamente literária, não depender de anunciantes , propaganda e publicidade, ser editada e dirigida por duas mulheres intelectuais, poetisas ,sob pseudônimo, com um conteúdo literário constituído de colaborações das próprias redatoras , de assinantes , de colaboradores e colaboradoras da elite culta da sociedade
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